Irmão "Companheirinho" passa para o Oriente Eterno

Por Déo Mário Siqueira
Prolixo convicto e tagarela contumaz me vejo agora lendo O Malhete numa condição inúmeras vezes criticada por mim: muito a ser dito e nada me ocorre...
Bolivar da Costa Carvalho
16/12/1923 - 27/05/2013
   Expressar a perda de alguém cuja passagem haja sido reconhecida como de extrema utilidade e inspiração a outros de forma incondicional pelo amor ao próximo, mesmo tendo deles recebido pouco mais que meros agradecimentos; alguém ao qual a vida, que ele tanto valorizou, mantendo-a por mais de meio século encarando um certo diagnóstico terminal, tenha-lhe subtraído um filho com pouco mais de 30 anos de viçosa existência num fulminante e cruel infarto, violento de maneira tal que no rastro ainda haja, quem sabe até, lhe privado da presença meiga e protetora da inseparável companheira.
  Personagem indelével nos aventais de grande contingente - talvez maioria -  de irmãos elevados aos graus de lojas de perfeição e demais estágios inefáveis cujos corações estejam, espero, tão oprimidos quanto o meu ante a noticia veiculada em nota da página 10 do nosso periódico.
  Guardo desse grande irmão as melhores demonstrações de humildade e dedicação à causa à qual serviu pelo exemplo e com dignidade, chegando ao zelo para comigo de me haver concedido a magna honra de ver-me cingido por ele com o avental ao ser elevado ao grau 18, do qual jamais saí por saber que ante tal personagem que me presenteava e compunha nada me credenciava a tal condição.
   Baluarte anônimo e silencioso do melhor estofo que um maçom pode vir a  ser, você,  “Companheirinho”, Bolivar cujas conquistas dividiu sob a forma de entrega e exemplos, vais ocupar no O.´. E.´. o trono reservado aos que dignificaram a maçonaria com a percepção da necessidade de renovação e evolução, vitais para nossa sublime instituição.
   Minha insignificância na engrenagem jamais permitirá que eu sugira e obtenha êxito para ver realizado um antigo desejo acalentado com você ainda em vida material: um templo no qual nós, seus pares, possamos nos reunir e fazer oficina sob seu nome, MESTRE BOLIVAR DA COSTA CARVALHO. As lágrimas ornamentais dedicarei só a você

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