Por Déo Mário Siqueira
Déo Mário Siqueira |
Os tempos sempre serão outros
indiferentemente das nossas vontades ou anseios por simples questão de ser ele
-o tempo- o senhor das coisas, donde (,',) pressentimos a cada dia que passa
uma inexorável e rotineira tendência ao "lavar as mãos" na hora de se
tomar posição ou partido, nunca no sentido político e sempre na busca da razão
contida nas verdades extra legais.
O que fortalece aos vetores do
mal? A omissão dos esclarecidos ou a subjugação pelo consumismo da massa de
manobra? Em que momento da nossa historia sócio cultural abdicamos e demos
salvo conduto a uma meia dúzia de pseudo formadores de opinião para nos
neutralizar e assistir apáticos a desordem civil ora em prática que
trunculentamente nos anulam impondo essa absurda cultura do enriquecer sem
trabalho, obter poder e posição sem nenhuma prerrogativa ou talento?
Que filosofia gerou o ato
estúpido de cultuar a carne de maneira libidinosa concedendo aos adeptos do
desvio status de referência social? Em que anais (v. Leis) estão explicitados
que nós, os cidadãos, temos plena razão para exigir DIREITOS sem que haja a
contrapartida de cumprimento de DEVERES?
Quando outrora citamos a
corruptela do texto hamletiano " algo de marca no reino da Dinapodre
" o fizemos na esperança vã de que houvesse defesa do texto de Sir
Willians para, na intenção de trazendo a luz, pudéssemos buscar as respostas já
de ha muito eclipsada...
Ledo engano; em tempo de
neologismos, justiça as minorias via paternalismo oficial e eleitoreiro jamais
a lucidez constituira êxito ou terá apoio suficiente para expor que a lei do
retorno precisa ser reconhecida e respeitada de fato; que a democracia ao
contrario de tornar-se refém dos excessos e dos vícios precisa ser respeitada
em prol do bem estar coletivo e nunca poderia ser usada como uma cortina de
fumaça aos escusos interesses de quem esta certo de que legalizar e acobertar
absurdos lhes manterá perpetuamente no leme dessa nau (embarcação) ja com
sinais de à deriva, mesmo que ao lavar suas (deles) mãos estejam dando-nos um
grotesco repeteco pilateano.
Oxalá faça-se a luz em tempo
de reverter essa irresponsável mania de culpar as águas de Março pelas
inundações, a menor idade pela impunidade sanguinária, as estatísticas
latrocidas pelas diferenças socioeconômicas, o despreparo pela origem e a tendência
libidinoso pela "sensualidade da raça".
A gente não quer só comida...
D€0 Mario
GD UQ ES
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