Cardeal americano que comparou o movimento gay a Ku Klux Klan pede desculpas

O cardeal da cidade norte-americana de Chicago, Francis George, (foto) teve de se desculpar por suas declarações durante o Natal, quando comparou o movimento pelos direitos dos homossexuais com o grupo racista Ku Klux Klan.

Na época das declarações, George já havia se desentendido com o movimento por conta de uma parada pelo orgulho gay que aconteceria justamente durante um evento da Igreja Católica de sua cidade. Os grupos, inclusive, chegariam a se encontrar durante a caminhada.

O movimento pelos direitos dos homossexuais aceitou alterar o horário de sua parada passando-a para a tarde. Dessa forma, os dois eventos seriam realizados em horários distintos.

Ainda assim, o cardeal mostrou-se revoltado com o acontecido e durante uma entrevista para a emissora Fox, no dia 25 de dezembro, deu a polêmica declaração.
"Você não quer que o movimento de libertação gay se transforme em algo como o Ku Klux Klan, manifestando-se contra o catolicismo pelas ruas", afirmou.
Indagado pelo apresentador se a comparação não seria forte demais, o cardeal afirmou que o "inimigo" comum do movimento racista e do movimento pelos direitos dos homossexuais era a Igreja Católica.

Além da questão da supremacia branca, o Ku Klux Klan é um movimento que apoia o Protestantismo, em detrimento das demais religões, entre elas a Católica.
As declarações geraram uma série de críticas, principalmente por associações de defesa dos direitos gays, que ameaçaram protestar contra o cardeal durante o evento da Igreja Católica, a ser realizado neste domingo (08).

Para minimizar a polêmica, George afirmou nesta sexta-feira (06), em entrevista ao Chicago Tribune, que estava "verdadeiramente arrependido pela mágoa que as declarações causaram".

"Quando eu estava falando, eu estava demonstrando o medo que eu tenho pela liberdade da Igreja. Eu estava fazendo uma analogia que era muito inadequada, pela qual eu sinto muito", completou.

Satisfeito com as desculpas públicas do cardeal, o movimento pelo direito dos homossexuais cancelou o protesto contra Francis George.

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