O escândalo de corrupção da Agência Nacional do Petróleo

reportagem de capa de ÉPOCA desta semana revela um escândalo de enormes proporções na Agência Nacional do Petróleo (ANP), entidade que deveria atuar regulando o mercado de combustíveis do país, mas que se tornou uma central de corrupção. ÉPOCA mostra como as empresas eram extorquidas, como a entrega da administração da ANP ao PCdoB piorou o esquema de corrupção e detalha um vídeo, parte de uma investigação sigilosa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que chama a atenção pelo descaramento que os funcionários públicos mostram ao pedir propina.

As investigações [de uma CPI sobre o caso] foram insuficientes para derrubar as estruturas viciadas do bilionário setor de combustíveis, que convive harmonicamente com a ilegalidade. Gasolina adulterada, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro são práticas toleradas com frequência pela ANP, agência que deveria fiscalizar e regular esse rico mercado. Sob a condição de permanecer no anonimato por medo de sofrer retaliações, sobretudo físicas – o submundo do mercado de combustíveis convive com ameaças de morte –, empresários, lobistas, advogados, funcionários da ANP, policiais e políticos aceitaram falar a ÉPOCA. As narrativas não divergem. Todos contaram que as atividades do setor correm praticamente sem fiscalização e que, no vácuo, grupos rivais de funcionários e políticos transformaram a ANP numa central de achaque e extorsão.

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