Por Vera Magalhães - Folha.com
Com o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) enfraquecido pela crise política deflagrada a partir da reveleção de que aumentou em 20 vezes seu patrimônio nos últimos quatro anos, o vice-presidente Michel Temer (foto) foi convocado por Dilma Rousseff para ajudar na negociação com líderes da base aliada para a votação do Código Florestal. Leia Mais
Depois da reunião de coordenação de governo nesta segunda, da qual participaram Palocci, Temer e outros ministros envolvidos na discussão sobre o código, Dilma fez uma nova rodada de conversas, desta vez com os chamados "ministros de partidos", responsáveis por orientar suas bancadas, como Carlos Luppi (Trabalho, do PDT) e Orlando Silva (Esporte, do PC do B).
Por fim, coube a Temer reunir para uma nova conversa, no Palácio do Jaburu, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza(PT-SP), o ministro Wagner Rossi (Agricultura) e o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), relator do código.
A preocupação de Dilma é poupar Palocci até que arrefeça a pressão para que ele explique a sua evolução patrimonial, evidenciada pela compra de dois imóveis avaliados em R$ 7,5 milhões.
Na semana passada, a repórter Catia Seabra, da Folha, informou que a Projeto, empresa de consultoria do ministro, faturou R$ 20 milhões em 2010, metade deles após as eleições.
Temer vinha atuando apenas junto à bancada do PMDB na questão do Código Florestal. Agora, além de fazer a articulação com os líderes na Câmara, deve ter conversas com os representantes dos ruralistas.
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