“Resolvi falar para abraçar um pouco esta causa”, diz jogador do Vôlei Futuro Michael

O jogador do Vôlei Futuro Michael (foto) resolveu se expor para tentar ajudar a acabar com um tabu no esporte: a homossexualidade. Na sexta-feira (1), no jogo contra o Sada Cruzeiro, em Contagem (MG), pelas semifinais da Superliga Masculina, ficou mais uma vez evidente que será grande a luta que o atacante terá de enfrentar para contribuir com o fim do preconceito em relação à orientação sexual dos atletas. Ele ouviu o ginásio inteiro gritar “bicha, bicha, bicha”. Em entrevista ao Jornal Nacional, na terça-feira (5), fala do constrangimento provocado pela torcida adversária.

“Nunca tinha passado por uma situação dessas. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Não era só homem ou só torcedor de futebol que estava lá no jogo gritando e ofendendo. Eram mulheres, crianças, senhoras. Acontecem casos isolados, de alguma pessoa que não é instruída, que é uma pessoa meio que ignorante ou intolerante, e você releva. Mas isso não dava para passar e relevar, porque foi uma coisa bem forte”


A atitude corajosa de Michael é apoiada por seu time. O Vôlei Futuro se queixou de homofobia, e a Confederação Brasileira de Vôlei vai encaminhar a denúncia à Justiça Desportiva.

Michael não é o primeiro jogador de vôlei a assumir que é gay. Há 12 anos, Luiz Cláudio Alves da Silva, o Lilico, revelou que era homossexual.  Em mais de uma década, infelizmente, a homofobia parece não ter se reduzido no meio (será que diminuiu no resto da sociedade?).

Liuca Yonaha

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