Maçonaria aceita pedido de expulsão de Arruda

Leandro Loyola e Murilo Ramos, da revista Época

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, enfrenta ameaças bastante claras e públicas. Apontado por um ex-colaborador como chefe de um esquema de corrupção, nos próximos dias ele pode ser expulso de seu partido, o DEM. Arruda também pode sofrer um processo de impeachment na Câmara Distrital – apesar de essa possibilidade ser menor. Longe do domínio público, Arruda enfrenta também uma ameaça discreta, mas não menos danosa para sua carreira política. Na noite da quarta-feira (2), cerca de 40 integrantes da Soberana Assembleia Federal Legislativa da Maçonaria se reuniram em Brasília para discutir a situação de Arruda. A assembleia é uma espécie de Congresso Nacional da organização, da qual Arruda participa com o grau de “mestre”. Um dos integrantes da assembleia fez um pedido de expulsão de Arruda. A decisão sairá em 15 dias, sem possibilidade de recurso.

A maçonaria é uma organização internacional formada exclusivamente por homens. Entre seus objetivos está “construir uma sociedade humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade”. Em tese, antes de entrar para a maçonaria, qualquer um passa por uma espécie de investigação para atestar sua honestidade. Os preceitos da maçonaria envolvem hierarquia rígida e um forte simbolismo. Dentro da hierarquia, a ascensão de Arruda é considerada meteórica. Em apenas um ano, ele partiu de "aprendiz", grau mais baixo da organização, passou por "companheiro", grau intermediário, e chegou a "mestre", posição que goza de prestígio e interfere nas decisões mais importantes da maçonaria. “A evolução geralmente leva três anos. Essa rapidez foi objeto de contestação”, afirma um maçom. De acordo com as regras, os maçons não podem se identificar ou dizer quem é maçom. Também não podem cometer deslizes éticos.

Arruda pode ser expulso da maçonaria pelos mesmos motivos que podem tirá-lo do DEM. O principal é o vídeo em que ele aparece pegando R$ 50 mil com o ex-secretário Durval Barbosa. Os maçons consideram inaceitável que um membro da organização protagonize a cena. Além das evidência de corrupção, a situação de Arruda é delicada porque sua relação com a maçonaria é turbulenta. Depois de muito tempo afastado, Arruda voltou ao convívio da comunidade em 2006, antes da campanha para governador. Arruda esteve no Aerópago de Brasília e repetiu o discurso de cinco anos antes, quando foi flagrado por ter violado o painel de votação do Senado. Declarou-se arrependido dos erros e prometeu que, se eleito, faria um governo voltado para “o povo”. Deu certo. Muitos “irmãos”, como os maçons se tratam, se engajaram na campanha de Arruda, inclusive com contribuições financeiras. “O pessoal está se sentindo enganado”, diz um maçom.

Apesar da discrição da reunião do dia 2 e dos efeitos jurídicos nulos, a eventual expulsão da maçonaria não é um fato a ser desprezado. Os maçons formam uma rede de amizades que foi bastante útil a Arruda para voltar ao poder. Depois de eleito, Arruda colocou em seu governo alguns companheiros de maçonaria. Entidades ligadas aos maçons também foram favorecidas em contratos com o governo do Distrito Federal. Uma delas é Fundação Gonçalves Ledo que, sem participar de licitação pública, receberá mais de R$ 20 milhões para conduzir programas geridos pela Secretaria de Ciência e Tecnologia. Uma pessoa ouvida por ÉPOCA, disse que um dos defensores de Arruda é o Grão-Mestre do Distrito Federal, Jafé Torres. “Não confirmo nem desminto nada. Se alguém falou sobre alguma sessão, tem de ser punido. Isso é um dogma”, diz Torres.
Fonte: Revista Época
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16 Comentários

  1. MEUS IR.: A MINHA OPINIÃO É QUE DEVE SER DADO O DIREITO A DEFESA DO IR.: JOSÉ ROBERTO ARRUDA, ESPERAR OS TRÂMITES LEGAIS, JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS, PARA NO FINAL (APÓS A DECISÃO TERMINATIVA) OPINAR SOBRE A EXCLUSÃO DO MESMO DOS QUADROS DA MAÇONARIA.
    ABRAÇOS A TODOS OS IR.: QUE O G.:A.:D.:U.: PROTEJA E ILUMINE A TODOS.
    IR.: ADAUTO CORRÊA DE ARAÚJO JR. MM.: DO ORIENTE DO RECIFE/PE, DA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE PERNAMBUCO

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  2. Se preparem... a lista de irmãos congressistas é enorme. Vamos deixar de hipocrisia. Mais de uma centena de irmãos também não sabem de nada do que ocorre nos bastidores de Brasília ???? Será que hoje passariam numa sindicância rigorosa para ingressar em nosso meio ? Sou a favor da expulsão de Arruda e do restante também.
    IR:. Antonio Borges dos Reis do Oriente de Curitiba da GLP, adormecido também por causa destas decepções.

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  3. Dentro da hierarquia, a ascensão de Arruda é considerada meteórica. Em apenas um ano, ele partiu de "aprendiz", grau mais baixo da organização, passou por "companheiro", grau intermediário, e chegou a "mestre", posição que goza de prestígio e interfere nas decisões mais importantes da maçonaria. “A evolução geralmente leva três anos. Essa rapidez foi objeto de contestação”, afirma um maçom. De acordo com as regras, os maçons não podem se identificar ou dizer quem é maçom. Também não podem cometer deslizes éticos.

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  4. A maçonaria é uma organização internacional formada exclusivamente por homens. Entre seus objetivos está “construir uma sociedade humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade”.

    Arruda pode ser expulso da maçonaria pelos mesmos motivos que podem tirá-lo do DEM. O principal é o vídeo em que ele aparece pegando R$ 50 mil com o ex-secretário Durval Barbosa. Os maçons consideram inaceitável que um membro da organização protagonize a cena. Além das evidência de corrupção, a situação de Arruda é delicada porque sua relação com a maçonaria é turbulenta.

    Depois de muito tempo afastado, Arruda voltou ao convívio da comunidade em 2006, antes da campanha para governador. Arruda esteve no Aerópago de Brasília e repetiu o discurso de cinco anos antes, quando foi flagrado por ter violado o painel de votação do Senado. Declarou-se arrependido dos erros e prometeu que, se eleito, faria um governo voltado para “o povo”. Deu certo. Muitos “irmãos”, como os maçons se tratam, se engajaram na campanha de Arruda, inclusive com contribuições financeiras.

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  5. Uma pessoa ouvida por ÉPOCA, disse que um dos defensores de Arruda é o grão-mestre do Distrito Federal, Jafé Torres. “Não confirmo nem desminto nada. Se alguém falou sobre alguma sessão, tem de ser punido. Isso é um dogma”, diz Torres.

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  6. Mensagem:
    Uma nova conciencia.

    * O encoberto será descoberto o desatento ficara atento
    o dogma de ter um canudo, não faz saber o que ainda não
    sabe…….
    *Arte de enxergar não é somente olhar
    e sim na plenitude de ver….
    *Arte de envelhecer é ter alma
    na eterna juventude…
    *O sonhar é viver para realização.
    A ilusão é viver para decepção
    *Pensamos muito raciocinarmos pouco pensar menos e raciocinar para compreender melhor e acertar mais
    * Quem ama não aceita os erros do seu semelhante e sim os perdoa
    *A coragem de um homem não aplica só na sua atitude e sim em assumi-la
    *Para o homem responsável a estrada é longa
    para o irresponsável ela é curta.
    *Elevam-se também os loucos na liderança para confundir os que ainda continuam idiotas e leva-los ao precipício das dores e assim acorda-los para então submergir e serem autênticos simples e felizes
    *A mentira é subterfujo dos fracos não dos fortes !
    *A morte é a nossa companheira irrevogável até nos tornamos imortais.!
    *Ser patriota não é só nascer ou crescer em alguma pátria e sim ama-la
    *Mulheres as Amos Verdadeiramente, pois Geram e Nasce o Fruto para Eternidade.
    * Quando os Lobos preparam as alcatéias eles esquecem dos seus filhotes.
    * Os que mais necessitam são aqueles que agridem.
    * Fiz por merecer o que tenho para receber !
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  7. Acho que se o Sr. Arruda já tinha cometido um ato ilícito como "pianista", ne deveria ter sido aceito em nossa Ordem. Sou plenamente a favor de sua expulsão imediata para zelar pelo bom nome de nossa ordem.
    Eduardo Robaina - Mestre Maçon

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  8. É chegada a hora da Maçonaria começar a banir de seus quadros todos aqueles que envergonham e emporcalham nossa Ordem. Onde estão os bons costumes desses Irmãos que corrompem e aceitam propinas!
    Fora com todos eles!
    Paulo Edgar Melo MI.'.

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  9. O que me surpreende é a surpresa...
    Ninguém via nada?
    Nossos IIrs.´. foram surpreendidos?
    Nosso povo precisa acima de tudo de honestidade, competência e compromisso com o Brasil.

    Abraços fraternos

    João Carlos Cascaes

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  10. Nós maçons temos que ser os primeiros a dar o bom exemplo extirpando do nosso convívio "aproveitadores" da Ordem. Expulsão já e investigação em cima de outros iguais a ele.
    Ivan fernandes
    Serra / ES

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  11. Como esperar tramites e investigações legais será que somos cegos,surdos e mudos eu nem posso e nem quero pensar que os nossos soberanos deixem que pessoas deste nipe permanecem em nossos quadros, se o Estado esta falido sem leis severas para afugentar, prender etc, quero acreditar ainda que a maçonaria é lugar de homens sérios.
    Haroldo Bebber/PR

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  12. Contra fatos não há tolerância. Ele foi pego roubando e isso não é evidência, é fato.
    A Poderosa Assembléia Federal deveria também ter um projeto de lei que vedasse a entrada de políticos em exercício de serem iniciados. Os candidatos deveriam primeiro serem iniciados, aprenderem o que é ser de "bos costumes" e depois serem candidatos a cargos eletivos. De vez em quando temos com políticos esses dissabores na ordem. Quero maçons na política e não políticos na maçonaria!
    Ir José Maurício Ferracioli
    GOB - CIM 207551 Or:. Bal:. Camboriú - SC

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  13. Quanto a iniciação de um profano sem a devida verificação de sua conduta, já é um problema grave que acontece, mas não podemos errar de novo, permitindo que um irmão que não merece ser chamado de irmão devido a comportamento anti-ético. Já quando ocorreu a violação do painel, deveria ter sido expulso. Não pode perder essa oportunidade de limpar a maçonaria de pessoas de atitudes irresponsáveis.
    Ir. Jorge Antonio Salem
    Or. Nova Esperança - Pr

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  14. Irmãos, isso não é novo e voltará ser repetido por diversas vezes e também arruda voltará repetir tais atos por dezenas de vezes. Tudo isso é fato filmado, repetido e tem pessoas que acreditam que esse criminoso é inocente. O governador de Minas Gerais colocou seu nome no fogo ao citar que esse criminoso arruda é inocente, não votarei nesse aécio nem para presidente de bairro. O que é Democracia?

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  15. Hospital condenado por infecção que deixou lesões no abdome da paciente
    Decisão da 1ª Câmara de Direito Civil do TJ de Santa Catarina deu provimento a um recurso de apelação para julgar parcialmente procedente uma ação de indenização por danos materiais e morais decorrente de procedimento cirúrgico (histerectomia) do qual resutou infecção hospitalar na paciente. O julgado carrega uma condenação de R$ 100 mil contra o Hospital Santa Inês, de Balneário Camboriú (SC), para reparar os danos morais. O relator do recurso foi o magistrado Joel Dias Figueira Júnior.
    Na ação, a autora - cujo nome não é declinado pelo Espaço Vital - discorre sobre a sequência dos fatos:
    1. Ela internou-se no Hospital Santa Inês em 9 de novembro de 1994, a fim de ser submetida, no dia seguinte, à cirurgia ginecológica para retirada do útero e trompas (histerectomia);
    2. Realizado o procedimento cirúrgico, a paciente permaneceu internada para acompanhamento pós-operatório. No segundo dia passou a sentir-se mal, apresentando febre alta;
    3. A medição da febre só foi possível após o marido dela adquirir, às suas expensas, um termômetro. O nosocômio réu não possuía tal instrumento;
    4. O estado febril perdurou por cinco dias, necessitando a paciente da constante utilização de medicamentos;
    5. Em 14 de novembro, a paciente obteve alta médica, após a prescrição de receituário para continuidade da medicação. Já em sua residência, notou que do local onde fora realizada a cirurgia emanava um cheiro forte ruim, além de vazamento de secreção esbranquiçada. A pessoa que aplicava a medicação prescrita aconselhou o encaminhamento urgente a um médico, pois o quadro que apresentava parecia ser de infecção hospitalar.
    6. A paciente foi levada à Unimed, onde foi atendida pelo médico Luiz Delatorre, que, após abrir parte da sutura, retirou do interior uma grande quantidade de secreção purulenta, procedendo à limpeza do local e realização de curativo. O mesmo procedimento foi feito no dia seguinte pelo médico José Maurício Ferraciolli, que abriu o restante da sutura, efetuando a limpeza completa do local.
    7. Foi necessária a realização de assepsia e troca de curativos durante 52 dias, até por fim controlar a infecção e completar-se a cicatrização da região afetada;
    8. Em decorrência da infecção, a autora da ação ficou com seqüelas (cicatrizes no abdome) que somente poderão ser reparadas após a realização de cirurgia plástica.
    O Hospital Santa Inês formalizou pedido de denunciação da lide à Unimed Litoral e ao médico José Maurício Ferracioli, o que foi deferido. Colhidas as contestações e coletada prova oral, a sentença foi de improcedência da ação. Houve apelação da paciente.
    Em longo voto, o desembargador substituto Joel Dias Figueira Júnior, do TJ de Santa Catarina, após analisar a prova e citar doutrina sobre o tema, deu pela procedência da ação. O julgado dá realce a um atestado médico comprobatório de que a paciente adquiriu a infecção hospitalar no segundo dia da internação.
    Além de reconhecer que se trata de relação regida pelo Código do Consumidor, o relator também carregou ao Hospital Santa Inês a responsabilidade do pagamento de uma cirurgia plástica necessária para corrigir as cicatrizes do abdome. As denunciações da lide contra a Unimed e o médico foram tidas como improcedentes.
    A advogada Salete Jung atuou em nome da autora da ação. O recurso de apelação ficou mais de sete anos tramitando, em sucessivas redistribuições, no TJ de Santa Catarina, onde chegou em 29 de março de 1999. Com o relator que levou o caso a julgamento, o processo esteve apenas três meses. (Proc. nº 1999.004174-3).
    Fonte: espaço vital

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  16. Marcos Rodrigues - CG-PB2 de abril de 2011 às 13:15

    A ordem deixa bem clara como água cristalina, é inadmissível que um ir.·. envergonha a ordem, estamos para criar um mundo melhor... a expulsão é inevitável

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