Mário Behring: O Fundador das Grandes Lojas Brasileiras


Da Redação 

Mário Marinho de Carvalho Behring, nascido em 1876 na cidade de Ponte Nova, Minas Gerais, foi uma das figuras mais notáveis da história da Maçonaria brasileira. Engenheiro de formação, Behring destacou-se por sua luta incansável em favor da liberdade de pensamento e contra o radicalismo, deixando um legado que transcende gerações. Sua trajetória maçônica é marcada por coragem, sabedoria e um profundo comprometimento com os ideais da Ordem.

Início da Jornada Maçônica

Aos 21 anos, no dia 27 de dezembro de 1897, Mário Behring foi iniciado na Augusta e Respeitável Loja Simbólica União Cosmopolita nº 044, do Grande Oriente de Minas Gerais, localizada em sua cidade natal. Desde cedo, demonstrou aptidão para liderar e contribuir com a Maçonaria, ocupando rapidamente o cargo de Venerável Mestre de sua Loja.

Posteriormente, já residindo no Rio de Janeiro, Behring filiou-se à Loja Ganganelli do Rio nº 289, vinculada ao Grande Oriente do Brasil (GOB). Foi nesse ambiente que consolidou sua reputação como líder visionário, ao mesmo tempo em que enfrentava grandes desafios ideológicos dentro da Ordem.

A Luta pela Liberdade de Pensamento

Mário Behring foi um defensor intransigente da liberdade de pensamento, combatendo com firmeza os extremos do dogmatismo e do radicalismo. Embora não fosse advogado, sua habilidade argumentativa e sua capacidade de articular ideias colocaram-no em pé de igualdade com os mais renomados jurisconsultos de sua época. Ele tornou-se conhecido por sua habilidade em enfrentar opositores com argumentos sólidos, sempre buscando a harmonia e o progresso da Maçonaria.

A Fundação das Grandes Lojas Brasileiras

A maior contribuição de Mário Behring à Maçonaria foi a fundação das Grandes Lojas brasileiras. Insatisfeito com as divisões internas e a centralização excessiva do Grande Oriente do Brasil, Behring tomou a atitude corajosa de promover a independência administrativa e simbólica das Lojas. Essa decisão marcou a criação de uma nova estrutura maçônica, mais alinhada aos princípios de autonomia e universalidade.

A fundação das Grandes Lojas simbolizou um momento de ruptura e renovação, demonstrando a visão futurista de Behring. Ele entendia a importância de projetar a Maçonaria brasileira no cenário internacional, buscando integração com as potências maçônicas regulares de todo o mundo.

O Legado de um Maçom Insigne

Mário Behring faleceu no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1933, aos 57 anos, mas seu legado permanece vivo na história da Maçonaria brasileira. Seu desmedido interesse pelos estudos maçônicos e sua habilidade em transformar ideias em ações concretas fizeram dele uma figura insigne e reverenciada.

Mais do que um líder, Behring foi um visionário que nunca se deixou seduzir pelas falsas pompas ou pela vaidade. Sua dedicação em elevar a Maçonaria a um novo patamar é um exemplo para todos os obreiros que compartilham dos mesmos ideais.

Conclusão

A história de Mário Behring é uma narrativa de coragem, liderança e compromisso com os valores maçônicos. Ele é, sem dúvida, um dos grandes pilares que sustentam as bases da Maçonaria brasileira contemporânea. Ao fundar as Grandes Lojas, Behring deu um passo decisivo para garantir a liberdade de pensamento dentro da Ordem e para fortalecer sua posição no cenário universal.

Seu nome, inscrito na memória maçônica, será sempre uma inspiração para os que desejam construir um futuro baseado na sabedoria, força e beleza — os pilares que sustentam o Templo da Arte Real.

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