O ex-Grão-Mestre da Grande Loja de Cuba, Mario Alberto Urquía Carreño, foi preso esta terça-feira após ser acusado, juntamente com o ex-Grão-Tesoureiro Airam Cervera Reigosa, de outro desvio de fundos da organização maçônica.
Na Circular Especial nº 128 do atual
Grão-Mestre, Mayker Filema Duarte, afirma-se que “hoje fomos informados pela
Unidade PNR que está tratando da denúncia feita contra o VH Airam e o VH Mario
Alberto Urquía Carreño de que ambos estavam convocado para este dia, estando o
segundo internado em regime de privação de liberdade.”
No caso de Cervera, a comunicação informa que
“a mesma medida não lhe foi aplicada uma vez que afirma devolver o valor
desviado no prazo estabelecido pelo Ministério Público, que caso contrário
ficará internado até aguardar o julgamento".
O documento, divulgado pelo meio não estatal
CubaNet, não detalha a delegacia onde se encontra Urquía nem o prazo exato
concedido a Cervera para devolver o dinheiro roubado entre janeiro e agosto de
2024, estimado em mais de 2 milhões de pesos cubanos
Filema Duarte denunciou o furto desses fundos
no dia 6 de setembro, por meio da Circular Especial nº 127, onde informou que o
dinheiro foi furtado das contas da Grande Loja durante os meses em que Urquía
esteve à frente da organização, em cumplicidade com o então Tesoureiro, Airam
Cervera.
A investigação descobriu que Cervera
transferiu fundos da Grande Loja para sua conta pessoal de trabalhador autônomo
em pelo menos sete ocasiões. Três dessas transferências, que ultrapassaram 2
milhões de Pesos Cubanos, foram feitas para sua conta, enquanto outras quatro
foram destinadas a mais três pessoas físicas, por um valor adicional de 87.445 Pesos
Cubanos.
Além disso, Cervera é acusado de ter alterado
digitalmente extratos bancários para ocultar transações e enviar relatórios
falsos ao contador da organização.
A participação de Urquía neste esquema teria
consistido em falsificar uma fatura junto com Cervera e dar instruções para
registrar como prejuízo um roubo de 2.700 dólares.
Diante destas graves acusações, a Grande Loja
apresentou uma queixa formal às autoridades cubanas para impedir que ambos os
envolvidos saíssem do país antes de serem julgados.
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