Da Redação
O cargo de Venerável Mestre em uma loja
maçônica é amplamente desejado, mas poucos maçons possuem o talento e,
sobretudo, a coragem necessária para ocupar essa posição com eficiência. O
Venerável Mestre não é apenas um líder simbólico; ele carrega a
responsabilidade espiritual e administrativa de sua loja. Ser Venerável Mestre
exige um equilíbrio delicado entre poder e dever, ação e reflexão. Aqueles que
buscam essa posição sem a coragem para utilizá-la adequadamente acabam
comprometendo o progresso da loja e, por consequência, da própria Maçonaria.
Assim como todo ser foi criado para existir,
o poder institucionalizado do Venerável Mestre foi concebido para ser exercido.
Não há espaço para hesitação ou medo de usar esse poder, pois ele é intrínseco
à função. Se o Venerável Mestre não consegue realizar suas tarefas por receio
de ofender ou desagradar os irmãos, ele deve deixar que outro o faça. O apoio
espiritual de uma loja reside na liderança de seu Venerável Mestre, e toda a
Maçonaria repousa nas suas ações ou omissões.
O Venerável Mestre molda sua loja e a prepara
para sua missão no mundo, tanto maçônico quanto secular. O cargo não é sobre
ego ou controle, mas sim sobre cumprir com firmeza e sabedoria o papel que lhe
foi designado. Ter coragem de liderar não significa ser insensível, mas sim
fazer o que é necessário para o bem da loja, mesmo que isso vá contra as
opiniões pessoais de um ou outro irmão.
A Maçonaria, como um todo, segue uma
estrutura hierárquica e piramidal, inspirada na própria criação divina.
Qualquer um que não compreenda ou aceite essa hierarquia, ou que veja uma
decisão imparcial como uma ofensa pessoal, não está pronto para ser maçom. O
Venerável Mestre deve confiar em seus irmãos e, ao mesmo tempo, ter a certeza
de que suas decisões são compreendidas como necessárias para o bem da loja, não
como ataques pessoais.
A vida maçônica, assim como a vida profana, é composta de fases, e para progredir é preciso transcender as questões menores. Quando uma loja começa a procrastinar indefinidamente sobre questões triviais, como o cardápio de um evento social, cabe ao Venerável Mestre intervir. Enquanto o mundo lá fora continua a se mover, a Maçonaria não pode se dar ao luxo de perder tempo com debates sem relevância. Existe um dever maior a ser cumprido.
O Venerável Mestre é o guardião do progresso
da loja. Se os pequenos problemas cotidianos não são resolvidos, a loja não
está preparada para cumprir seu papel mais amplo no mundo. O Venerável Mestre
não pode temer exercer o poder que lhe foi conferido, pois esse poder existe
justamente para garantir que a loja não perca seu tempo em questões sem
importância e possa focar em suas missões mais elevadas.
Para que a Maçonaria desempenhe seu papel
transformador no mundo, é necessário que seus líderes, os Veneráveis Mestres,
estejam preparados para transcender as pequenas questões e focar no essencial.
Um Venerável Mestre não pode ser medroso ou hesitante. Ele deve, com coragem,
levar sua loja adiante, garantindo que ela esteja pronta para servir ao mundo
de maneira plena e eficaz. Afinal, uma Maçonaria que não resolve suas questões
internas menores não está pronta para agir no mundo em prol da humanidade.
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