Por Sérgio Quirino(*)
Joaquim José da Silva Xavier foi o
Alferes Tiradentes. O posto de alferes designava aquele que levava o estandarte
das tropas. Hoje, na hierarquia militar, corresponde ao segundo-tenente. A
alcunha Tiradentes, por sua vez, ocorreu por sua habilidade em tirar os dentes
dos que padeciam de dores odontológicas, mister que aprendeu com um tio que o
acolheu após tornar-se órfão.
A história de vida e morte desse homem é
rica e com surpresas a cada detalhamento. Vale a pena, nesse sentido,
dedicar-se ao estudo daquele que é o patrono cívico do Brasil, além de patrono
das Polícias Militares e das Polícias Civis dos estados brasileiros.
Sobretudo, é preciso compreendermos que
não houve uma INCONFIDÊNCIA DE MINEIROS contra a metrópole, mas sim a
CONFIDÊNCIA ENTRE CIDADÃOS que eram a favor dos colonos.
No sentido exato da palavra
inconfidência, ou seja, infidelidade ou deslealdade, de fato só houve um
inconfidente: Joaquim Silvério dos Reis, o perjúrio. Isso é interessante, uma
vez que sempre haverá os maus companheiros.
Aqueles que, no começo das jornadas,
incentivam, dizem-se amigos e mecenas. Entretanto, ao visualizarem algum ganho
ou honraria, não se avexam em conseguir seus intentos, desrespeitam a lei e
abraçam novos parceiros, esquecendo traições de antigos concorrentes e fazendo
vista grossa aos absurdos dos apoiadores.
A história, contudo, é implacável.
Exalta a verdade e expõe a falsidade para o resto da vida.
Porém, eu afirmei que Tiradentes era
Maçom. Verdade ou falsidade?
Depende do que é ser Maçom! É ter sido iniciado? Iniciado por qual Rito?
Rito Antigo e Primitivo de Mêmphis? Rito de Clermont? Rito Joanita? Rito Sueco?
Qual era a cor do avental? Como era a
ornamentação do Templo? As estrelas eram pintadas ou naturais?
Usava-se o triponto? Há documentação
comprobatória assinada por autoridade maçônica regular e legítima?
Não há como provar que Joaquim José da
Silva Xavier fora iniciado na Maçonaria, assim como não podemos afirmar a Lenda
de Hiram. Mas estamos tratando de valores, símbolos e alegorias que despertam e
mantêm o ideal maçônico.
BASEADOS NO ESTEREÓTIPO DO HOMEM QUE ASPIRA A UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E PERFEITA, QUE PROCLAMA A LIBERDADE E A IGUALDADE E HONRA SEUS IRMÃOS DE IDEAL, ACOLHEMOS TIRADENTES COMO MAÇOM.
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Honrar a memória de sua honradez, sua
disciplina e seu patriotismo, bem como o seu compromisso com a liberdade, em
que se manteve resoluto até seu último suspiro, deixou para nós um legado de
luta e vitória.
A Maçonaria Regular Mineira,
representada pelos Grão-Mestres da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, do
Grande Oriente de Minas Gerais e do GOBMINAS –, federada ao Grande Oriente do
Brasil: DECRETAM
“Reconhece o Alferes Joaquim José da
Silva Xavier – Tiradentes – Patrono Cívico de nossa nação como Membro Honorário
da Maçonaria Mineira, cuja Loja é a Sociedade Mineira e Brasileira.”
QUANTOS DE NÓS, DE FATO, LAPIDAM ESTE
PAÍS BRUTO
PARA TRANSFORMÁ-LO EM UMA GRANDE NAÇÃO
POLIDA?
2024, há 18 anos compartilho instruções
maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permaneço neste
propósito para provocar a reflexão dos Obreiros sobre nossa Ordem. São visões
pessoais, não são verdades absolutas, questione sempre o que lê. A verdade é
aquilo que conseguimos vivenciar.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te
amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
(*) Sérgio Quirino - Grão-Mestre - GLMMG 2021/202
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