Oriente de São Paulo, 18 de novembro de 2023 da EV
Caros Irmãos do GOSP:
Temos a nossa regularidade de origem incontestável desde a nossa fundação em 29 de Julho de 1921. Nesses 102 anos de atividade ininterrupta, além de registrar o fato histórico de que o GOSP é a associação maçônica mais antiga de São Paulo, incontestável também, que Irmãos Paulistas, advindos do GOSP, colaboraram com a fundação da GLESP no ano de 1927 e do GOP no ano de 1983.
Por esse simples fato histórico, qualquer alusão a “regularidade de origem” do GOSP só pode ser soerguida por aqueles que não conhecem a história da maçonaria paulista. Por interesses ignóbeis ou por uma questão de simples maldade na informação, as associações maçônicas paulistas solapam suas origens e buscam confundir os que lutam pela liberdade, autonomia e soberania de suas instituições.
A própria GLESP foi fundada em 02 de Julho de 1927 em uma Loja do GOSP (Loja Amizade) e teve como seu primeiro Grão-Mestre o Irmão Carlos Reis, até então membro dos quadros do GOSP. De 1927 até a data de 21 de novembro de 1950 a GLESP não compartilhava o território paulista e muitos não a reconheciam. Evidente que o GOSP, como uma delegacia administrativa do GOB, não possuía soberania necessária para tratar com outra potência. Foi assim que, em 21 de novembro de 1950, a pe- dido do GOSP, o então Soberano Grão-Mestre Geral, Irmão Joaquim Rodrigues Neves, após pronun- ciamento do Conselho Geral da Ordem, baixou o Ato nº 2.277 que autorizou o “Modus Vivendi” que foi ratificado pela Assembleia da GLESP no dia 22 de setembro de 1952 através do Decreto 23, destacando em seu artigo 3º, inciso a: “GLESP e GOSP, por decretos ou atos simultâneos…se reconhecerão, mutu- amente, em suas jurisdições”. A partir de então, GOSP e GLESP passaram a compartilhar o território paulista e conviveram de forma fraterna, pacífica e harmônica por longos anos.
Quanto ao Grande Oriente Paulista, em 1983 foi
originado por Lojas absolutamente regulares do
GOSP. O GOB sempre
tratou o GOP e demais potências da COMAB como “espúrias”. Neste século XXI, o
GOSP passou a defender a regularidade do GOP, tanto que fundou a “Maçonaria
Unida por São Paulo” com as então três Potências
por nós tidas como regulares – GOSP, GLESP e GOP. Mas quando o GOSP se desligou do GOB, este propôs compartilhar o território com o GOP em troca do não reco- nhecimento
do GOSP. Cabe aqui registrar que é indigno e antimaçônico um comportamento que
confi- gura traição.
Em
troca desse reconhecimento, essa entidade se juntou nas fileiras da detrataçāo
ao centenário GOSP
que lhe deu a indiscutível origem, a partir de sua formação por Lojas do
próprio GOSP, hoje, malversado como
“potência irregular” por interesses nada maçônicos. As Lojas do GOSP serviram como “regulares” para dar origem
ao GOP e a GLESP. Hoje, por interesses que sabemos a que e quem se destinam, nossas Lojas são atacadas
como irregulares por esses entes, mesmo contra toda a nossa centenária história a qual deveria nos unir e não nos separar.
Importante destacar que a questão de “território” está superada. Hoje se fala em “jurisdição” pois o mundo não admite que haja mais que uma associação maçônica em um único território, mas é possível dividi-lo, como hoje é dividido, em jurisdições.
O GOSP segue sua trajetória de origem desde 1921 e suas coirmãs, nascidas de seu seio, vocife- ram por sua irregularidade e detratam seus obreiros em atos de retaliação inimagináveis aos princípios maçônicos. Passados cinco anos de sua desfiliação junto ao GOB, com cerca de 360 Lojas Maçônicas em todo o Estado e com número próximo de 9.000 obreiros, o GOSP segue seus princípios maçônicos; pratica a mais absoluta regularidade funcional; tem hoje uma das maiores sedes administrativas da Amé- rica do Sul; outorga às suas Lojas crescente autonomia e começa a conquistar Tratados Internacionais firmados por entidades que reconhecem o respeito e o trabalho que o GOSP desenvolve no meio maçô- nico paulista, brasileiro e internacional.
Com uma malfadada prancha, traçada sob os auspícios da desinformação e do ódio, suas letras chegam ao absurdo de “proibir” que qualquer entidade maçônica venha reconhecer o GOSP sob pena de simplesmente não aceitar tal reconhecimento. Tratam as demais Potências Soberanas com desdém e por prepotência anunciam que não irão aceitar qualquer reconhecimento advindos dessas, prática repul- siva que não encontra guarida no meio maçônico sério, livre e comprometido em que essas Potências, fora de São Paulo, com certeza não se curvarão ao arbítrio e a prepotência típica daqueles que malversam a Maçonaria Universal.
Hoje no Brasil existem mais de 160 ditas “maçonarias” que devem ser combatidas por professar princípios contrários ao que praticamos e cujas, “associações” servem para ilaquear a boa-fé de profanos. Essas sim precisam ser combatidas. A falta de um propósito comum que possa unir a todos em praticar o quanto lecionam os rituais de nossa instituição, dão espaço hoje para o ódio, a incompreensão e a intolerância entre aqueles que deveriam estar unidos e fraternos em torno de um objetivo comum em prol da pátria e da humanidade.
Meus Irmãos, não é momento de revolta ou de inconformismos. Vamos continuar o nosso tra- balho de espargir o bem e a caridade, com pertinência, regularidade e respeito às necessidades dos Maçons gospianos. Ninguém em bravatas ou erros motivados por necessidades políticas nos fará irregulares. Con- tinuaremos a receber Irmãos visitantes do GOB, de Potências regulares ligadas à CMSB e à COMAB, assim como do Distrito brasileiro da GLUI, indelicadamente esquecido, logo, considerado irregular na mal escrita carta, pois o GOSP seguirá praticando, verdadeiramente, o que afirmamos em nossos Telhamentos e reconhecemos a todos como Irmãos.
Continuemos
a fazer a maçonaria tal qual ela é lecionada. Nossos inimigos estão lá fora e
infeliz- mente, dentro
também, mas a verdade e o trabalho
sempre vencem.
Permanecemos fortes, unidos e resolutos em nosso propósito de espargir amor e fraternidade a todos, até a aqueles que por motivos outros, preferem atacar e destruir seus próprios irmãos.
“Quando os interesses chegam, a virtude vai embora”. Façamos a nossa parte: façamos a Verdadeira Maçonaria.
Benedito Marques Ballouk Filho
Grão-Mestre
Grande Oriente de São Paulo – 101 anos de regularidade maçônica e Potência soberana, origem das demais potências regulares paulistas.
1 Comentários
Existe uma Diferença entre potência regular e “Potência Regular e Reconhecida”.
ResponderExcluirO GOSP antes quando Federada ao GOB era uma Potencia regular e reconhecida, subsequentemente suas loja juridicionadas, então com prerrogativas para regularizar uma potência não reconhecida.
Após a Desfederalização deixou de ser uma Potência Regular e Reconhecida”, ficando portando sendo uma potência regular e não mais reconhecida.
Nada impede que as potências regulares e reconhecidas façam suas honrarias fraternais e fortaleça seus laços.
O GOSP a qualquer momento seguindo normas e leis poderá ser reconhecida por qualquer uma destas potências REGULARES E RECONHECIDAS, tudo depende de seus lideres.