Fonte: GOB-PR
CORONAVÍRUS: EQUILÍBRIO NA TOMADA DE
DECISÕES, PREOCUPAÇÃO COM OS REFLEXOS ECONÔMICOS E PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES
O Grande Oriente do Brasil – Paraná, federado
ao Grande Oriente do Brasil que atua no nosso Estado desde 21 de março de 1837,
entidade jurídica legalmente constituída e ativa, representando 141 Lojas
Maçônicas do Estado do Paraná com milhares de associados, manifesta
publicamente apoio às autoridades competentes das esferas estadual e
municipais, nas providências para a prevenção à pandemia do novo Coronavírus
(COVID-19) e seus reflexos econômicos, e pede atenção nas medidas tomadas e a
serem tomadas pelos órgãos governamentais.
Ressaltamos o papel da Maçonaria na defesa de
uma sociedade mais justa e perfeita, sempre tendo em seu horizonte de atuação
os princípios basilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Destacamos,
também, que é missão de nossa Instituição atuar como protagonista na construção
de pontes que permitam o progresso social e individual. Vale ainda ponderar o
compromisso da Maçonaria com o Estado Democrático de Direito e com os ideais
republicanos que devem nortear nosso país.
Desta forma, levando em conta o atual quadro
formado pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e o papel social do Grande
Oriente do Brasil – Paraná, cordialmente encaminhamos as seguintes
considerações:
1) Reconhecemos e elogiamos os esforços do
Governo do Paraná e das prefeituras em conter o avanço da doença, visando
preservar, principalmente, o grupo que apresenta maior risco de letalidade e
agravamento. É dever do Estado a garantia da saúde da população, inclusive em
momentos excepcionais como esse provocado por essa nova doença viral.
Compreendemos o papel relevante das áreas técnicas que compõem os governos e
cremos na qualidade dos estudos desenvolvidos para tomada de decisões. A
ciência sempre merecerá respeito e apoio.
2) Ponderemos que é preciso equilíbrio nas
ações governamentais, principalmente as que impactam diretamente na economia.
As empresas de todo o país ainda tentam se recuperar de crises anteriores e se
encontram, em sua maioria, em situação financeira delicada. Não é concebível
transferir para as empresas e trabalhadores o ônus de eventual ineficácia
estatal na contenção do vírus ou no amparo aos infectados. A classe empresarial
cumpre suas obrigações para com o Estado, por meio das altas cargas
tributárias, esperando justamente que esses recursos sejam usados para as
obrigações básicas dos governos, como é o caso da saúde pública. A possível
falta de leitos, neste momento, pode ser reflexo de políticas públicas
equivocadas, não havendo razão para penalizar o setor empresarial e a classe
trabalhadora, com medidas que possam agravar ainda mais a situação econômica do
país.
3) Pedimos que o governo estadual e
municipais, bem como poderes legislativos das duas esferas, deem o exemplo,
cortando salários dos cargos políticos, e bloqueando despesas de custeio de
viagens, alimentação, diárias, entre outros. Além disso, solicitamos que haja
adiamento de pagamento de impostos e taxas a fim de aliviar o caixa das
empresas para que possam honrar seus compromissos com fornecedores e
colaboradores.
4) Entendemos que, após as medidas iniciais
de isolamento e distanciamento social, já há reflexos duros no aspecto
econômico e é preciso socorrer e amparar as empresas que necessitarem. Este
apoio precisa ser real e efetivo. Linhas de crédito são uma das ferramentas,
mas não devem ser as únicas. Os governos precisam colocar suas equipes
econômicas para o desenvolvimento de ações de curto, médio e longo prazos, que
efetivamente representem apoio aos setores atingidos.
5) Sugerimos que, na medida do possível, com
base em orientações técnicas de profissionais da saúde, haja restabelecimento
gradual do funcionamento de empresas, com a adoção de cuidados e fiscalizações
evitando aglomerações e outros fatores que possam contribuir para a
proliferação do novo Coronavírus.
6) O Grande Oriente do Brasil – Paraná está à
disposição para integrar discussões ou comitês criados para discussão e
elaboração de ações visando o setor empresarial e a classe de trabalhadores. As
Lojas Maçônicas, espalhadas pelo Paraná, também têm atuado em suas cidades,
procurando contribuir para que a doença seja contida, e também envidando
esforços para o menor impacto econômico e social.
Feitas estas considerações, reiteramos o
respeito por todas as autoridades constituídas, eleitas democraticamente,
lembrando sempre do compromisso para com o povo, soberano, hoje e sempre.
Luís Mário Luchetta
Grão-Mestre do GOB-PR
José Edson Haesbaert
Grão-Mestre Adjunto do GOB-PR
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