Prince Hall e o nascimento da Maçonaria negra nos Estados Unidos

 

Em meio ao cenário turbulento da América colonial de 1775, uma figura se destacou como símbolo de resistência, liderança e transformação: Prince Hall, um afro-americano livre que se tornaria pioneiro na luta pela inclusão e igualdade dentro da Maçonaria.

Um marco histórico na Maçonaria americana

No dia 3 de julho de 1775, Prince Hall alcançou um feito até então inédito: foi o primeiro afro-americano a receber os graus maçônicos nos Estados Unidos. Essa conquista ocorreu em meio à Guerra da Independência, num período em que a escravidão ainda era uma realidade brutal em várias partes do país. Sua iniciação simbolizou não apenas um reconhecimento pessoal, mas também o começo de uma nova era na fraternidade maçônica.

Na mesma data histórica, Hall e outros 14 homens negros livres fundaram a African Lodge Nº1 (Loja Africana Nº1), a primeira loja maçônica reconhecida composta exclusivamente por afro-americanos livres no mundo. Prince Hall foi eleito como seu Venerável Mestre, assumindo a liderança e impulsionando a missão da loja: promover o avanço intelectual, moral e social dos homens negros livres.

 Reconhecimento oficial e legado

Pouco tempo após sua fundação, a Loja Africana Nº1 recebeu a segunda autorização formal para funcionamento, concedida por John Rowe, o Grão Mestre da América do Norte. Esse reconhecimento oficial foi um passo crucial para validar suas atividades e garantir a continuidade de sua atuação dentro da estrutura maçônica tradicional.

A trajetória de Prince Hall transcende a esfera maçônica — ele também foi ativista pela educação dos afro-americanos, defensor do alistamento de negros no Exército Continental e crítico da escravidão. Seu legado é homenageado até hoje por meio da Maçonaria Prince Hall, uma das maiores e mais respeitadas

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