Da Redação
Sempre acreditei no conceito do número três e no poder do triângulo. Como consultor de gestão [S1] especializado em tecnologia da informação, percebi inúmeras vezes a recorrência desse fenômeno, o que me leva a acreditar que não é mera coincidência. Por isso, muitas vezes analiso situações com base em "três": três razões para algo ocorrer, três estágios de crescimento (como os três graus maçônicos) ou três características que definem algo, como os tipos de franco-maçons. Ao longo da minha trajetória pela fraternidade, identifiquei três perfis distintos de Mestres Maçons: os anônimos, os amadores e os profissionais.
Maçons
Anônimos
Os maçons anônimos são aqueles que pagam regularmente suas obrigações financeiras à Loja, mas raramente, ou nunca, comparecem às reuniões. Suas ausências podem ser justificadas por limitações práticas, como morar longe, ou por desinteresse pessoal. Alguns ingressam na Maçonaria buscando o prestígio associado à instituição, esperando que isso beneficie suas carreiras, enquanto outros se filiam apenas para acessar outros corpos maçônicos, como o Santuário, e nunca mais participam das atividades. Esses irmãos são conhecidos pelo nome, mas não pelo rosto, e muitas vezes são apelidados de “Maçons MIA” (Desaparecidos em Ação).
Maçons
Amadores
Os maçons amadores, ou "descontraídos", mantêm uma relação intermitente com a fraternidade. Eles podem comparecer esporadicamente às reuniões, contribuir para uma causa maçônica ou se interessar por leituras sobre a Ordem. Apesar de gostarem de ser maçons, evitam compromissos mais profundos, como assumir cargos ou integrar comissões. Contudo, frequentemente são os primeiros a reclamar de questões como aumento de quotas ou problemas administrativos da Loja. Em vez de buscar soluções e assumir responsabilidades, preferem criticar de forma passiva, o que acaba por desestabilizar a harmonia.
Maçons
Profissionais
Os maçons profissionais são aqueles em quem a Loja pode confiar para liderar e solucionar problemas. Conhecem profundamente o funcionamento da Maçonaria e dedicam-se a orientar irmãos mais jovens e menos experientes, garantindo a continuidade e o fortalecimento da instituição. Eles não agem movidos pelo ego ou pelo desejo de controle, mas sim por altruísmo, acreditando no valor do trabalho em equipe e nos princípios da Maçonaria. Para eles, a fraternidade é mais importante do que a glória individual.
A atuação dos maçons profissionais reflete o conceito da "Regra 80/20" ou "Princípio de Pareto", que afirma que 80% do trabalho é realizado por 20% dos membros. Na Maçonaria, a maior parte das responsabilidades recai sobre os profissionais, enquanto os anônimos e amadores desempenham papéis secundários. A ausência de maçons profissionais, portanto, coloca em risco o funcionamento da Loja. Outro perigo surge quando um maçom amador ascende ao Oriente, mais preocupado com os símbolos de prestígio, como o avental de Past Master, do que em contribuir para a Ordem.
Que
tipo de maçom você é?
A resposta a essa pergunta depende dos motivos que levaram você a ingressar na Maçonaria. Se a busca pela luz é genuína, você está no caminho certo para crescer como maçom. Caso contrário, corre o risco de se tornar um irmão amador ou anônimo, categorias que já estão em excesso nas Lojas.
Mantenha a fé e busque sempre ser um verdadeiro maçom profissional, comprometido com o progresso da fraternidade.
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