Por Ricardo Vidal
Baixa autoestima
e complexo de inferioridade
Nenhum ditador provocou ou provoca tanto dano
à Maçonaria quanto o Maçom vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo
de Tróia que a destrói por dentro sem o emprego de armas,
grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior
inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de
lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a
eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude.
Uma característica marcante que se nota neste
tipo de Maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a
insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isto
salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar os seus atos com as
palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a
negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como
qualidades exemplares do Maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não
demora muito a decepcionar. Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa
de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia
pilotar. E, quando tem de facto este afã em mente, não se furta em utilizar os
meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem os nossos
políticos corruptos.
Narcisismo num dos extremos, e baixa autoestima no outro, eis as duas principais características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos.
A trajetória
dos primeiros é assaz conhecida:
Por serem desprovidos do talento e dos
atributos intelectuais necessários para conquistarem posição de destaque na sociedade,
eles ingressam na Maçonaria em busca de títulos e galardões venais, de fácil
obtenção, pensando com isto obter algum prestígio. Na vida profana, não
conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem a
todos os tipos de chantagem. Por isso, fazer parte de uma instituição de elite
(isso mesmo, de elite!) como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem
importantes; ajuda a mitigar um pouco a dor crónica que os espinhos da
incompetência e da mediocridade produzem nas suas personalidades enfermas.
O
segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis exceções:
Capacitado e instruído, em geral ele é uma
pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, deste grave desvio de carácter
conhecido pelo nome de “Narcisismo”, que o torna ainda pior do que o seu émulo
sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais
reluzentes, este Maçom é uma criatura pedante e intragável, que todos querem
ver distante. No fundo ele também é um ser que se sente rejeitado; a sua alma é
um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por fantasmas
imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que
todas as atenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito
do que os irmãos que atuam em áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do
irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o seu caminho, que ousar
apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar-lhe no rosto uma imperfeição sua
ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor acender-se-á
automaticamente e o que estiver ao seu alcance para reprimi-lo e intimidá-lo
ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase, própria do selvagem chefe
de bando: “Sabe com quem está falando!!!” Deste modo ele acaba externando outra
vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem arrogante: a
covardia.
O número de irmãos que detesta ou despreza
este tipo de Maçom é condizente com a quantidade de medalhas que ele acumula na
gaveta ou usa no peito. Na vida profana, os seus amigos não são verdadeiros;
são cúmplices, comparsas, associados e gente que dele se acerca na esperança de
obter alguma vantagem. E nisso se insere a mulher com a qual vive
fraudulentamente. Todos os que o rodeiam, inclusive ela, estão prontos a lhe
meter um merecido chuto no traseiro tão logo os laços de interesse que os unem
sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro de falsidades e o seu lar um
armazém de conflitos. Raramente familiares seus são vistos nas nossas festas de
confraternização. Quando aparecem, em geral contrariados, não conseguem
esconder as marcas indeléveis de infelicidade que ele produz nos seus rostos.
Na sua marcha incessante em busca de
distinções sociais que supram a sua insaciável necessidade de autoafirmação, é
comum vermos este garimpeiro de metais de falso brilho farejando outras
organizações de renome, tais como os clubes Lyons e Rotary,
e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes fazem falta no seu
lar. A Maçonaria, que tem a função de melhorar o homem, a sociedade, o país, e
a família, acaba assim convertendo-se numa fonte de problemas para os seus
familiares; e ele, numa fonte de problemas para a Maçonaria.
Um volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que este inimigo da paz e da harmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói a nossa instituição por dentro, qual um cancro a roer-lhe as células, de modo que limitar-nos-emos a expor os mais comuns.
Comportamento
em Loja
Incapaz de polir a Pedra Bruta que carrega
chumbada no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar-se moral e
intelectualmente, de lutar para se subtrair das trevas da ignorância e dos
vícios que corrompem o carácter; de assimilar conhecimentos maçónicos úteis,
sadios e enobrecedores, para na qualidade de Mestre poder transmiti-los aos
Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem? Simplesmente coloca
barreiras nos seus caminhos, de modo a retardar-lhes o progresso!
Ao invés de estudar a Maçonaria, para poder
contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de que modo ele procede?
Veda a discussão sobre assuntos com os quais deveria estar familiarizado,
fomentando apenas comentários sobre as vulgaridades supérfluas do seu
quotidiano! Ao invés de encorajar o talento dos mesmos, de ressaltar as suas
virtudes e estimular o seu desenvolvimento, o que faz ele? Procura conservá-los
na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao invés de defender e ressaltar
a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a
evolução da humanidade, como ele age? Censura arbitrariamente aqueles cujas
ideias não estejam em harmonia ou sejam contrárias às suas! Ao invés de
fomentar debates sobre temas de importância singular para o bem da Loja em
particular e da Maçonaria em geral, como age ele? Tenta impedir a sua
realização por carecer de atributos intelectuais que o capacitem a participar
deles! E, nos que raramente promove, como se comporta? Considera somente as
opiniões daqueles que dizem “sim” e “sim senhor” aos seus raramente edificantes
projetos!
Tal como o Maçom supersticioso, este infeliz
em cujo peito bate um coração cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e dissimulado
pela liberdade de expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre
os quais repousam as instituições democráticas do mundo civilizado, uma das
bandeiras que a Maçonaria hasteou no passado sobre os cadáveres da
intolerância, da escravidão e da arbitrariedade.
Dos atos indecentes mais comumente praticados
por este falsário, o que mais repugna é vê-lo pregando “humildade” aos irmãos
em Loja, em particular aos Aprendizes e Companheiros, coberto da cabeça aos pés
de fitões, joias e penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é
vê-lo arrotando, em alto e bom som, ter “duzentos e tantos anos de Maçonaria” e
exibindo o correspondente em estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo
trajando aventais, capas, insígnias, chapéus e colares, decorados com emblemas
que lembram tudo, exceto os compromissos que ele assumiu quando ingressou na
nossa sublime e veneranda instituição.
Cego, ignorante e vaidoso, o nosso personagem
não percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam.
Como já foi dito, a Maçonaria serve apenas de
vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentro dela sem a incómoda
presença de outros impostores –os quais não têm poder suficiente para enxotar,
ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso, imitando alguns
animais inferiores aos humanos na escala zoológica, que fixam os limites dos
seus territórios com os odores das suas secreções e não toleram a presença de
estranhos. Qualquer irmão que comece a brilhar ao lado desta criatura rasteira
é considerado por ela inimigo. A luz e o progresso do seu semelhante o
incomoda, fere o seu ego vaidoso. Por este motivo tenta obstaculizar o trabalho
dos que querem atuar para o bem da loja; por isso recusa-se a transmitir
conhecimentos maçónicos (quando os possui) aos Aprendizes e Companheiros,
sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou ministra-os em doses pífias,
para que futuramente não sejam tomados como exemplos e ofusquem ainda mais a
sua mediocridade. Um Maçom exemplar, íntegro, que cumpre rigorosamente os
compromissos que assumiu quando ingressou na nossa Instituição, não raro
converte-se em alvo das suas setas, pois os seus olhos míopes não conseguem ver
honestidade em ninguém; a sua mente estragada o interpreta como potencial
“concorrente”, que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus.
O Maçom arrogante mal conhece o significado
das nossas belas e simples alegorias. Se as conhece, despreza-as. A sua mente
acha-se preocupada unicamente com o sucesso das suas empreitadas, em encontrar
maneiras de estar permanentemente ao lado das pessoas cujos postos ambiciona.
Fama e poder são os seus dois únicos objetivos, tanto na vida maçónica, como na
profana. As palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que compõem a
Trilogia Maçónica, não fazem parte do seu vocabulário, e com frequência é visto
pisoteando os valores que elas encerram. A história, a filosofia e os objetivos
da nossa Veneranda Instituição não lhe despertam o menor interesse, pois é
frio, calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los
e assimilá-los. Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o Maçom exemplar, em
todos os pormenores. É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja
dos seus membros: uma criatura vil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta
bons irmãos, e termina por destruir ou fragmentar a Loja (ou lojas), resultado
às vezes de anos de trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob a sua
batuta ou se mostre contrária às suas aspirações egoístas.
A insolência deste tipo de Maçom – e também o
asco que destila –, vai crescendo conforme ele vai “subindo” nos altos graus
(ou graus filosóficos). Sentindo-se importante por ter sido recebido em
determinado grau, com a pompa digna de um rei, ele passa a considerar-se
superior aos irmãos de graus “inferiores”, em particular aos Aprendizes e
Companheiros, ignorando o que reza o segundo Landmark, que
estabelece a divisão da Maçonaria Simbólica em apenas três graus. Mas reservar
um tempo para dedicar-se à sua Loja, um momento para confraternizar com irmãos
íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a si e aos
demais, essas são as suas últimas preocupações. O seu tempo disponível ele o
reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado e
lisonjeado, onde pode juntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos para
lhe enterrar um punhal nas costas na primeira oportunidade que surgir.
Perceba o leitor com que velocidade este
“irmão” deveras atarefado encontra tempo quando é chamado para arengar num
tablado representando a Maçonaria! Note a pontualidade com que chega na
passarela onde vai desfilar e ser fotografado com os seus paramentos. Observe
como ele fica cheio de si quando é agraciado com uma rodela de lata qualquer ou
vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de alguma revista maçónica! Perceba
como se curva aos pés dos que tem mais prestígio e poder do que ele! Note como
ele os bajula!
Este prevaricador vagabundo não trabalha e
não deixa os outros trabalhar para não ter de arregaçar as mangas também.
Quando se mete a ministrar instruções aos Aprendizes e Companheiros ele o faz
de modo precário, sem estar familiarizado com elas. Raramente sabe responder
questões que os irmãos lhe dirigem. Tergiversa sempre com a mesma resposta: É
preciso pesquisar! Ele não faz nada porque não sabe fazer nada, não quer
aprender nada, e no íntimo não gosta da Maçonaria e não ama os seus irmãos! As
nossas “reuniões” são para ele um fardo. Nas vezes que comparece em loja, exige
ser ouvido e jamais dá atenção aos que falam aos demais, obrando para que a sua
palavra sempre prevaleça nas decisões a serem tomadas. Quando o seu nome não
consta na Ordem do Dia – o que significa que não terá a oportunidade de exibir
a sua hipocrisia ou arengar as suas imposturas –, retira-se antes da “reunião”
terminar ou, quando permanece, fá-lo com o olhar fixo no relógio.
Campeão em faltas e em delitos, quando este falso Maçom comparece à Loja ele o faz para dar palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e soluções inconsistentes com os problemas que surgem nas nossas relações. Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas, aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.
Comportamento
na Sociedade
Passemos agora à exposição do comportamento
deste detestável impostor na sociedade, outra praia onde adora se exibir,
embora poucos o notem.
Ele circula pelas ruas do bairro onde vive de
nariz empinado, cheio de empáfia, tentando vender a todos, sobretudo aos mais
humildes, a falsa imagem de alguém assaz importante. Ostentando correntes,
anéis, gravatas, broches e outros adereços maçónicos – alguns com peso
suficiente para curvar o tórax – tão logo se acerca de uma roda de amigos,
ou melhor, de gente com paciência para aturá-lo, ele passa a ensejar conversas
maçónicas desnecessárias, fazer alarde da sua condição de Maçom e de ser membro
de uma poderosa “gangue”, com o único propósito de colocar-se acima
deles. Quando, porém, um profano lhe dirige algumas perguntas a respeito
da nossa instituição, movido por uma sadia e natural curiosidade, ele responde
geralmente o que não sabe, fitando-o de cima para baixo, com desprezo, como se
estivesse encastelado sobre um pedestal de ouro.
Como o caracol, este tipo de Maçom costuma
deixar um rastro visível e brilhante por onde trafega, tornando muito fácil a
sua identificação e do seu paradeiro, que é o que ele efetivamente deseja,
embora afirme o contrário. Mas, para a sua infelicidade, pouca gente dá
importância aos seus recados vaidosos. O automóvel, o lar e o local onde
trabalha correspondem ao exoesqueleto deste animal, ao passo que os adereços e
os objetos maçónicos que ele usa e espalha por todos os lados à gosma que
libera. Impulsos provenientes das regiões recônditas do cérebro onde se alojam
o seu complexo de inferioridade e a sua baixa autoestima dizem a ele onde
derramá-la.
Do mesmo modo que prostitui a nossa instituição, transformando-a em templo da vaidade, ele corrompe também a natureza de muitos objetos inanimados, desvirtuando os propósitos para os quais foram concebidos. Os vidros do automóvel não servem para proteger os passageiros do vento e da chuva, mas para ostentar adesivos maçónicos escandalosos que avisam os transeuntes e os motoristas dos carros que estão na retaguarda que “alguém muito importante” maneja o volante. As paredes da sua casa não servem como divisórias, mas de outdoors para a colagem de diplomas maçónicos que levam o seu nome. O isqueiro ele usa para tentar acender um cigarro que talvez nem fume ou sabendo que ele não funciona mais (o importante é as pessoas notarem o compasso e o esquadro colados nele!). A caneta com compasso encravado na tampa ele usa para mostrar que é Maçom àquele que está perto do papel no qual finge estar escrevendo alguma coisa. O relógio da sala não serve para mostrar a hora certa, mas para dizer aos visitantes que o seu dono é Maçom. As estantes da sala não servem para acomodar bons livros, mas para armazenar troféus, medalhas, placas comemorativas, mimos e tudo o mais que avise que há um Maçom por ali. O mesmo vale para pratos, talheres, lenços, gravatas, bonés, bolsas, bonecos, malas, bengalas e, pasmem, até revólveres e espingardas! Enfim, qualquer objeto que possa servir-lhe de propaganda ele corrompe-o
Prejuízo
O Maçom arrogante sabe muito bem que é um
desqualificado moral, que carece das virtudes necessárias para dirigir homens
de carácter, mas mesmo assim quer assumir o cargo de Venerável e nele se
perpetuar. Insolente, julga-se o único com aptidão para empunhar o malhete,
menoscabando a capacidade dos demais irmãos. Sempre que pode procura manobrar
as eleições para que os cargos em loja sejam preenchidos por integrantes da sua
medíocre camarilha, que, uma vez empossada, vai aprovar os seus atos malsãos e
alimentar a sua vaidade. Desta maneira ele trava as rodas da Loja, impedindo-a
de progredir, de desfraldar as suas velas.
O nosso personagem costuma mais faltar do que
comparecer às reuniões, como já foi dito. Quando o faz, é quase sempre para
tentar colocar-se em destaque, humilhar alguém, violar regulamentos, e fazer
prevalecer os seus caprichos pessoais. É claro que ele não age só, pois se
assim fosse a sua eliminação seria fácil e sumária. Ele conta com o respaldo de
pequenos grupelhos de gente sórdida e submissa, que aprova as suas ações, que
corrompe e deixa-se corromper. Às vezes conta até com a cumplicidade
dissimulada de alguns delegados, que, por motivos políticos ou de ordem
pessoal, fazem vista grossa aos seus insidiosos manejos e prevaricam no que constitui
uma das mais importantes missões dentro da Maçonaria.
Terminado o período da sua administração como
Venerável este impostor passa a meter o nariz em assuntos que não mais lhe
dizem respeito, usurpando funções de outros irmãos da loja, incluindo as do seu
sucessor. Quer mandar mais do que os outros, quer ser o dono da Loja; quer
admitir candidatos sem escrutínio para engrossar a sua camarilha; quer manobrar
a todos e violar leis. Expõe os Aprendizes e Companheiros a constantes querelas
com outros Mestres, quase sempre motivadas pela vaidade e pela sede de poder.
Especialista em apontar erros nos outros, o
Maçom arrogante jamais admite um erro seu. Quando, porém, as circunstâncias
tornam isto impossível, ele o faz rangendo os dentes e disparando setas em
todas as direções, muitas vezes ferindo os poucos irmãos que o querem bem. Além
de tudo é um indivíduo vingativo. Caso sofra uma contrariedade qualquer, ou
veja descartada uma irracional conjectura sua, ele passa a fomentar intrigas e
provocar cismas na loja. Aquele que for investigar as causas que levaram uma
determinada oficina a abater colunas notará nos seus escombros a marca
indelével da sua mão, que muitas vezes deixa impressa com orgulho!
Elemento altamente desestabilizador e
perigoso, o Maçom vaidoso é o principal responsável pelo enfraquecimento das
colunas de uma loja, pela fuga em massa de bons irmãos, e pela decadência da
Maçonaria de uma forma geral. Quanto maior for o seu número agindo no corpo da
Maçonaria, mais fraca, enferma e suscetível à contração de outros males ela se
torna, mais exposta a escândalos e prejuízos ela fica. A sua eliminação é,
portanto, condição sine qua nom para a conservação da saúde da
nossa Sublime Instituição.
2 Comentários
Essa, é a Maçonaria que temos, em todas as partes do Universo. Será apenas, um fato pitoresco de observação e deboche.
ResponderExcluirQue Deus nos perdoe, por termos deixado chegar até esse ponto... ... ...
Pensem a respeito.
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