O GALO NA MAÇONARIA

Por Sergio Quirino

Nem toda verdade está absolutamente explícita.

Alguns elementos alegóricos e simbólicos apresentados em nossa caminhada maçônica não tem sua significação explicada nos rituais. Eles se estabelecem como sutís informações, que podem ou não despertar o Irmão à pesquisa sobre suas origens ou, quando da inclusão em nossos trabalhos. Possivelmente, o ritualista acreditou que, por si só, a imagem ou a palavra instruiriam o Obreiro.

A figura de um galo com as palavras Vigilância e Perseverança, faz muitos acreditarem que o animal é o ícone desses substantivos. Talvez, até seja, se o analisarmos sutilmente.

O primeiro ponto é nos lembrarmos de onde ele está e em que momento de nossa caminhada ele nos é apresentado.

A vigilância em questão não se trata de monitoramento e observação de como pessoas se comportam. Afinal, estávamos naquele momento sozinhos, ou melhor, apenas com nossa  consciência.

Vigilância significa despertar a consciência, a prudência necessária em dar o próximo passo, principalmente, após sermos alertados pelas frases impactantes escritas na parede.

Por sua vez, a perseverança não é um ato contínuo e obstinado, ligado ao ego, mas, tenacidade e constância necessárias para se alcançar um objetivo, mantendo-se firme e fiel aos seus valores.

Assim, quando lhe for perguntado se prefere seguir o caminho da Virtude ou do Vício, compreenderá a necessidade da vigilância (prudência) e da perseverança (constância), se persistir em entrar para a Maçonaria.

Além das palavras, está o galo, animal ligado à aurora. Após as trevas da noite, quando a luz

vinda do oriente começa a clarear o céu, ele anuncia um novo dia, uma nova oportunidade, um recomeçar, um renascer.

O cantar do galo é este despertar para a Luz nos dada pelo G.A.D.U. para que possamos cumprir nossa missão.

Este artigo foi inspirado no livro O PRIMEIRO DEGRAU DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO do Irmão Joaquim da Silva Pires que na página 138 nos instrui: “Longe das grandes cidades, é ele que rompe o silêncio das madrugadas campestres, retinindo em cântico de alvorada, anunciando o raiar de um novo dia. Na Câmara de Reflexão, o galo simboliza outro alvorecer. Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente

Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG



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