É necessário de sabedoria para aquele que
peregrina, pois em casa, tudo é fácil.
- O Havamal
O Mestre Construtor
Na confluência de tradições que formaram os
Augustos Mistérios e Lendas Maçônicos contemporâneos, é possível notar nos
anais maçônicos a influência e recortes egípcios, gregos, fenícios, israelitas
dentre tantos outros. Dada à origem britânica da Maçonaria Especulativa Moderna
em 1717 com a fundação da Grande Loja de Londres, é natural que alguma
influência do país viesse a contribuir na composição desses Mistérios e Lendas.
Por sua vez os antigos mistérios daquele reino surgem de outra confluência,
vinda da interação de vários povos como pictos, celtas (e druidas), romanos,
anglos, nórdicos (e saxões) e outros.
Tomando como indício o Rito Escocês (apesar
dos debates sobre sua procedência de fato) é possível rastrear até aquela
região do Reino Unido as origens da Maçonaria Moderna e seus ritos, e na
família Sinclair (senhores de Roslin e próximos aos Templários) os ditames
iniciais da Sociedade Maçônica contemporânea.
William Sinclair o Conde de Orkney e
Caithness, Grande Almirante da Escócia em 1436 e deste modo construtor, foi
renomado em 1441 por James II, mestre e protetor dos Maçons Escoceses, uma
função hereditária aos Sinclair até 1736, em que outro W. Sinclair renunciou
por não poder ocupar-se, sendo eleito o primeiro Grão-Mestre da Escócia por
votação unânime dos representantes das 33 Lojas maçônicas.
Os Sinclair de então, não eram apenas
Maçons-Livres Especulativos, mas também
Operativos, construtores ativos e proficientes na aplicação de
geometria, engenharia e arquitetura. A família advinha de origem nórdica por
meio dos duques da Normandia e dos Jarls (condes) de Orkney. Sendo os Sinclair
de origem nórdica, haveria no berço desta linhagem que conduziu as gêneses da
Maçonaria Especulativa Moderna algo familiar ao Ofício?
OS
AESIRES E O CONSTRUTOR
Nos primeiros dias dos assentamentos
Aesires[1], quando eles haviam constituído a Terra-dos-Homens[2] e erigido o
Valhalla[3], veio até eles um Construtor[4] que se ofereceu para fazê-los em 3
estações[5] uma fortificação[6] extraordinária. Esta fortificação seria tão
forte e vigorosa que os protegeria mesmo dos ataques de Gigantes-da-Montanha,
Gigantes-do-Gelo[7] e até daqueles que erravam pela Terra-dos-Homens.
Para isso, o Construtor impôs como salário
ter a mão de Freyja[8] além de possuir o Sol e a Lua. Logo, os Aesires entraram
em debate e houve uma assembleia, então uma aposta[9] foi proposta ao
Construtor. Ele ganharia aquilo que desejava se conseguisse construir as
fortificações em apenas um inverno, contudo, se no primeiro dia do verão a
construção ainda estivesse inacabada, nada lhe seria pago, além disso, não
poderia receber a ajuda de ninguém nas obras. Quando lhe formalizaram estes
termos, contudo, ele lhes contrapôs para que tivesse ajuda ao menos de seu
cavalo, que era conhecido como Svadilfari[10], por sua vez, Loki[11] aconselhou
aos Aesires que isso lhe fosse permitido e a aposta foi então selada.
O Construtor começou as obras das
fortificações já no primeiro dia de inverno, e a noite aproveitou seu cavalo
para transportar as pedras até a obra. Os Aesires ficaram assombrados com o
enorme tamanho das pedras que o cavalo transportava, ele laborava duas vezes
mais do que os já redobrados esforços do Construtor!
Testemunhas respeitáveis foram convocadas
para formalizar a aposta que, além disso, havia sido consolidada sob muitos
juramentos, pois o Construtor não considerava seguro estar entre os Aesir sem
um salvo-conduto[12], sobretudo se o intimidante Thor[13] estivesse presente,
mas, naquele momento ele havia ido ao oriente para combater os Trolls[14].
Com o inverno chegando ao fim, às obras das
fortificações haviam feito um bom progresso, era tão alta e forte que não
poderia ser tomada de assalto. Quando faltavam apenas três dias para o verão, o
trabalho havia quase alcançado os portões das fortificações.
Os Aesires logo tomaram seus assentos de
assembleia e buscaram por uma saída, perguntaram-se uns aos outros quem havia
dado tal conselho que lhes tomariam Freyja num casamento[15] e arruinariam os
ares e o céu pela perda do Sol e da Lua[16] para um Construtor forasteiro.
Todos concluíram que quem deu os maus conselhos fora Loki[17], ele havia
inventado aquilo, eles então proferiram que Loki mereceria uma morte terrível
se não arranjasse para que o Construtor perdesse a aposta e consequentemente
seu salário, e o ameaçaram violentamente. Loki entrou em pânico, no entanto,
prometeu em juramento que, custasse o que custasse, ele iria arranjar as coisas
de modo que o Construtor perderia a aposta.
Na mesma noite, quando o Construtor estava
transportando pedras com seu cavalo Svadilfari, uma égua correu para fora da
floresta até o garanhão relinchando e para ele. Quando o garanhão notou a tal
fêmea, tornou-se frenético e rompendo suas rédeas, partiu no encalço da
égua[18] que já havia rumado de volta à floresta, o Construtor por sua vez os
perseguia. O Construtor queria retomar o garanhão, mas os cavalos galoparam por
toda a noite e o trabalho naquele turno havia sido então perdido.
No dia seguinte, à mesma porção de trabalho
não havia sido feita como o de praxe. O Construtor então concluiu que a obra
não seria terminada a tempo entrando num colérico furor-de-gigante[19]. Quando
os Aesires tomaram ciência de que era um Gigante-da-Montanha[20] que ali
estava, não deram mais nenhum respeito aos seus juramentos e Thor foi
convocado.
Thor chegou de pronto e imediatamente
arremessou seu martelo Mjolnir[21]. Thor pagou ao Construtor, não com o Sol ou
a Lua, nem sequer o permitiu retornar a Terra-dos-Gigantes[22], pagou sim, com
um único golpe na fronte de tal forma que seu crânio sacolejou em fragmentos e
seus restos por fim, foram despachados para as profundezas das
Terras-das-Brumas[23]...
CRUZANDO
CONSTRUÇÕES
A Encenação da Lenda de Hiram
A compilação de Sagas[24] ou Eddas nórdicas
chamadas Gylfaginning (A Visão de Gylfi)
possivelmente traz a lenda em que figura o ofício da maçonaria operativa mais
proeminentemente. De fato essa lenda apresenta alguns paralelismos com a
própria Lenda de Hiram (e, portanto com o Martírio de St. Reinold) as
coincidências não são muitas, entretanto, inegavelmente precisas nos seus
detalhes. De alguma forma esta peça do folclore nórdico[25] veio a contribuir
com elementos para a formação da Lenda de Hiram? Através da linhagem dos
Sinclair talvez?
Apesar do cenário mítico exibido em
Gylfaginning, o mesmo não é tão avesso às narrativas encontradas nos livros do
antigo testamento e seus contemporâneos quais predominam elementos nos Ritos
Maçônicos. Antes do Dilúvio é narrado que a terra era habitada por raças como
os Nefilins e os Giborins tal qual é visto no Gylfaginning com Aesires e
Jotuns!
Em ambas as narrativas (A de Hiram e a do
Construtor) são visto um Maçom Operativo que se põe a trabalhar numa construção
divina (O Templo de Salomão e a Asgard) em terras estrangeiras (Israel e
Godheim). Na Fenícia de onde Hiram era oriundo, o iniciado encenava o hiero
gamos (ou Casamento Sagrado) com a sacerdotisa/divindade que regia vida, juventude, erotismo e fertilidade (Inana) tal
qual era Freyja com a quem desejava casar-se o Construtor, além disso, ambas as
divindades proviam cuidados a um jardim sagrado.
Freyja era associada ao planeja Vênus (como
Inana) que forma a Estrela Flamígera Maçônica (Stella Pitagoris)[26], e que junto
com o Sol e a Lua (os outros itens do salário do Construtor) são os 3 maiores
luminares do firmamento e os astros mais proeminentemente retratados nas Lojas
Maçônicas. No Cântico dos Cânticos, poema atribuído ao Rei Salomão (que
conviveu com Hiram) ainda lemos “Quem é esta que aparece como a alva do dia,
formosa como a lua, brilhante como o sol(...)” uma possível analogia de Vênus
(A Estrela D’Alva) com a Rainha de Sabah.
O Construtor requer o tempo mínimo de 3
estações para a conclusão da obra, tal qual em algumas Obediências Maçônicas o
Aprendiz leva (minimamente) para completar sua obra em torna-se Mestre, mas
como prazo recebe o fim do inverno, passagem do ano dedicada a São João, o
patrono da Maçonaria Especulativa.
No Martírio de St. Reinold, outra história
extremamente semelhante à Lenda de Hiram, figura o ganharão mágico Bayard,
também de potência quadriplicada (serve de montaria aos 4 Filhos de Aymon
simultaneamente), que acaba fugindo para as florestas (em Ardennes) nos
remetendo a Svadilfar.
Assim como o povo de Israel assombrou-se com
os modos de trabalho no Templo, os Aesires assombraram-se com os trabalhos em
Asgard, e por isso, ambos os personagens
sofrem um ardil, Hiram por seus Irmãos-Construtores (Jubelas, Jubelos e
Jubelum) e o Construtor por seu Irmão-Jotun (Loki). Os Aesires envolvidos na
narrativa são 3 e aludem a Hiram e os três companheiros que o assassinaram, que
são correspondentes aos três signos do inverno Libra, Escorpião e Sagitário
(Jubelas, Jubelos e Jubelum), assassinos do Sol (luminar gigante do firmamento)
e de Hiram.
Por fim os personagens são assassinados por
uma martelada na fronte (Malhete e Mjolnir) e tem seus corpos despachados
(enterrado sob a Acácia e sob as profundezas de Niflheim).
Bem, se os Gigantes não fossem figuras
normalmente (mas não sempre) antagônicas nas antigas literaturas europeias, não
seria surpresa que a história continuasse com a busca do corpo do Construtor
por seus associados...
DA SAGA
AO RITO
É importante notar que os personagens dos
gigantes nem sempre figuravam como vilões e que se pensava na época que eles
fossem os autores das construções megalíticas como Ggantija a "Torre dos
Gigantes" e Stonehenge, referido em escritos medievais como "Dança
dos Gigantes". Por sinal tais construções megalíticas normalmente eram
orientadas a observação de Vênus (Freyja) a Lua e Sol o que inaugurou a era das
construções associadas aos Mistérios.
O Livro de Enoch, um texto apócrifo que foi
trazido primeiramente ao ocidente por um Maçom e posteriormente também
encontrado em Qumran nos traz o personagem bíblico de Enoch (personagem
proeminente nos Graus Filosóficos da Maçonaria). Este livro narra como alguns
Elohim (um grupo de divindades) se renegaram e passaram coabitar com as filhas
dos homens, de suas relações nasceram os Gigantes. Azazyel os ensinou a
fabricarem ferramentas, Barkayal a observarem as estrelas, Tamiel a astronomia
e Asaradel o movimento da lua. Posteriormente os Gigantes acabam dominando a
Terra, mas são combatidos e vencidos por outros Elohim.
Por sua vez, Irlanda e Escócia possuíam
lendas semelhantes, os Tuatha Dé Danann combatiam os Gigantes Fomorians. Dagda
um dos principais Tuatha controlava os elementos e carregava um martelo que
podia matar num único golpe. Curiosamente o termo “Tuatha Dé” também era
empregado para se referir aos israelitas em textos irlandeses do início da era
cristã.
Os Sinclair como os Maçons Operativos que
eram, poderiam muito bem ter tido contato com todas estas narrativas que podiam
ter tomado outros usos e conotações devido à predileção dos maçons aos
elementos que os melhor os servissem para seus ritos cotidianos. Por fim
poderiam ter trazido à lenda do Construtor de Orkney e posteriormente e a
agregado as Tradições Maçônicas da época. Em dado momento diversos elementos
das Tradições foram selecionados para ajudar a preencher as “lacunas” do que é
narrado em Crônicas e Reis sobre a construção do Templo de Salomão e da
trajetória de Hiram.
De qualquer forma, o Construtor assim como
Hiram, através de Alegoria e Mistério deu importantes lições com sua morte
pelas mãos Aesires:
I. Não devemos omitir ou ocultar sobre quem e
o que somos;
II. Não
devemos distrair de onde e com quem estamos e relacionamos;
III. Não
devemos cobiçar pelo que é alheio, e por fim;
IV. Não devemos ceder a vícios ou
paixões tal como a fúria.
Autoria de Tiago
Roblêdo M M
Visita Interiora
Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem
Fonte: Pedra Oculta
Fonte: Pedra Oculta
REFERÊNCIAS
Grau dos Mestre Eleito dos Nove, Jorge Adoum
A Linhagem Do Santo Graal, Laurence Gardner
O Livro de Hiram, Christopher Knight e Robert Lomas
A Máquina de Uriel, Christopher Knight e Robert Lomas
A.S.Franchini, Carmen Seganfredo, As Melhores Histórias
da Mitologia Nórdica
http://www.sacred-texts.com/neu/pre/pre04.htm
http://community.fortunecity.ws/roswell/rune/399/gylfaginning.html
http://www.bibliadocetico.net/apoc/eq01.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Tuatha_D%C3%A9_Danann
[1] Ainda Æsir ou Ases, segundo a mitologia nórdica, é um
clã divino que residia em Asgard (em nórdico arcaico Ásgarðr).
[2] Midgard (em nórdico arcaico Miðgarðr) é o nome do
reino dos humanos na mitologia nórdica, correspondendo a Terra como então era
conhecida.
[3] Valhala, Valíala, Valhalla ou Walhala (em nórdico
arcaico Valhöll) o "Salão dos Mortos", é um majestoso e enorme salão
situado em Godheim, dominado pelo Aesir Odin. Escolhidos por Odin, os que
faleciam em combate eram levados para Valhalla após a morte pelas Valquírias.
[4] Em algumas vezes é traduzido como “pedreiro”, em
versões desta estória sua identidade é conhecida de início pelos Aesires, em
outras é revelada apenas ao fim desta Saga.
[5] O tema constante do passar das estações refletem a
cultura pagã da época e o caráter cíclico de suas lendas.
[6] Traduzida ainda em algumas versões como “murro” ou
“cidadela”, poderia ser uma referência à construção da cidade divina de Asgard
em Godheim, a “Terra-dos-Deuses” ou a reconstrução da mesma ou de suas
fortificações (muros) após conflitos com a raça dos Vanires que habitavam
Vanaheim.
[7] Os Jotuns são uma raça mitológica nórdica de gigantes
que oriunda de Jotunheim, um dos nove mundos da cosmologia nórdica.
[8] Freyja (às vezes retratada como Vanir, outra raça
mitológica nórdica) regia a vida,
juventude, erotismo e fertilidade, cuidava do jardim sagrado onde
brotavam as maçãs a juventude, graças às quais os Aesires permaneciam sempre
jovens e saudáveis.
[9] A moral nórdica em muito difere das morais grega e
judaico-cristã que permeiam a contemporaneidade, ao invés de benevolência e
retidão, as virtudes valorizadas eram a coragem e sagacidade.
[10] Na mitologia nórdica Svadilfari (em nórdico arcaico
Svaðilfari) que significa "Infeliz Viajante" ou ainda “Servo” era um
cavalo mágico de força e vigor descomunais.
[11] Ainda Loke ou Lothur é um gigante da mitologia
nórdica que foi adotado como filho por Odin e vivia entre os Aesires. Regia a
trapaça e a travessura, também estava relacionado à magia e podia assumir a
forma que quisesse. É frequentemente considerado um símbolo da maldade,
traiçoeiro, de pouca confiança. Embora suas artimanhas geralmente causem
problemas aos Aesires em curto prazo, estes frequentemente se beneficiam ao fim
das travessuras de Loki.
[12] Esse receio da proximidade aos Aesires sugere que o
construtor omitia sua naturalidade de Jotunheim temendo algum tipo de
represaria.
[13] Na mitologia nórdica Thor (em nórdico arcaico Þórr)
é o Aesir que regia os trovões, relâmpagos, tempestades e força.
[14] Troll é uma criatura da mitologia nórdica descrita
desde tamanhos gigantes a diminutos e dizia-se que vivia em cavernas ou grutas
subterrâneas também lhes foram atribuídas outras características, como a
transformação em pedra caso expostos à luz solar.
[15] Se as intenções do Construtor era tomar Freyja para
privar os Aesires das maçãs que lhe proviam imortalidade ou simplesmente por
sua beleza inigualável o texto não deixa claro, de todo caso, a possibilidade
certamente deixou os Aesires fortemente preocupados.
[16] O Sol e a Lua de alguma forma parecem contribuir
para o equilíbrio e manutenção do firmamento.
[17] Loki frequentemente figurava nas narrativas da
mitologia nórdica em situações na qual recorria a tramas e trapaças que
acabavam por deixá-lo enrascado.
[18] Tal égua era o próprio Loki transformado que
sabotava o trabalho do Construtor para salvar-se da punição ameaçada pelos
Aesires. Loki possuía o dom da mudança de forma o que constantemente é visto
nas narrativas que descrevem suas (des) venturas. De fato, o mesmo era oriundo
da raça dos gigantes de Jotunheim, mas se passava normalmente como um Aesir.
[19] Os nórdicos possuíam um conceito chamado de
“Berserker”, era um estado de furor mental que normalmente era entrado em
combate a fim de potencializar as investidas dos guerreiros.
[20] Ao entrar em “berserker” o Construtor por descuido
acaba revelando sua naturalidade omitida que até então permanecia ignorada aos
Aesires que execravam aos Gigantes ou Jotuns.
[21] Na mitologia nórdica o Mjolnir (em nórdico arcaico
Mjölnir) significa “Aquilo que Esmaga” é o martelo de Thor forjado a partir do
material mágico chamado Uru, a arma estava associada ao controle de elementos
como o raio e do trovão.
[22] Na mitologia nórdica Jotunheim (em nórdico arcaico
Jötunheim) é o reino das raças de
gigantes coletivamente chamados de Jotuns. O próprio Construtor como Loki também
era um Jotun e aparentemente também tinha a capacidade para se “camuflar” entre
os Aesires até então.
[23] Niflheim ou "Reino das Brumas" é o reino
do gelo e do frio na mitologia nórdica, lá residem às almas daqueles que não
morreram em batalhas, Niflheim é governada pela rainha do inferno Hela.
[24] Na literatura, o termo Saga ou Edda refere-se a
histórias narradas em prosas originárias dos países nórdicos na mediavalidade.
Estas Sagas, geralmente anônimas, misturam aspectos históricos com mitologia,
religião e moral.
[25] Parra se ter noção da influência nórdica no
pensamento inglês, até hoje os nomes usados para designar os dias da semana
nessa língua foram escolhidos em honra a divindades nórdicas.
[26] Estrela Flamígera ou Stella Pitagoris seria uma
Estrela Filosofal (tal qual a Pedra Filosofal) que materialmente estaria
associada à conjunção de Vênus e Mercúrio formando aparentemente um único astro
noturno de brilho ímpar que por sua vez estaria correlacionado a Shekhinah
bíblica.
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