A
imagem que se faz dos maçons é a de um grupo de homens sisudos participando de
cerimônias esquisitas que envolvem aventais, apertos de mão secretos, calças
enroladas nas pernas e um emaranhado de símbolos esotéricos. Mas o que
significam todos aqueles estranhos signos? E por que eles usam os tais
aventais? O que ouvimos sobre os seus misteriosos rituais é realmente
verdadeiro ou não passa de boato?
Este
capítulo se propõe responder a essas perguntas que aparentemente causam
perplexidade. Existem muitas respostas bem surpreendentes porque os motivos dos
rituais à primeira vista estranhos e bizarros estão firmemente baseados em
certa lógica e, claro, em tradições muito antigas. Não há dúvida de que também
desapontaremos aqueles que acreditam que os símbolos usados pelos maçons sejam
signos insidiosos de uma organização perversa, demoníaca, conspiratória que não
leva em conta os interesses dos demais, apenas os dos próprios membros. No
entanto, seja qual for a sua visão dos maçons, existem muitos signos, símbolos
e rituais da maçonaria que são fascinantes.
Já
vimos que muito do material secreto associado a essa reservada organização
fraternal pode ser rastreado até suas origens entre os pedreiros medievais, que
praticavam um artesanato altamente qualificado e tomavam cuidado para não
deixar o não iniciado conhecer demais o que eles faziam. Afinal eram, de certo
modo, uma elite que tinha a forte sensação de que o melhor para o seu ofício
era conservar vedados os segredos de seu sucesso. Não ajudaria em nada deixar
qualquer um ter acesso a habilidades, técnicas e conhecimentos duramente
conquistados ao longo de muitas gerações. Então vamos examinar em detalhe todos
os importantes símbolos que jazem no cerne da maçonaria e desvelar seu
significado oculto.
Muitos
símbolos associados à maçonaria têm sua origem nas ferramentas do ofício dos
pedreiros medievais e com muita frequência são de natureza matemática. As
interpretações deles por vezes variam, então não estranhe se em outra obra
encontrar informações diversas das que aqui estão. Não serão necessariamente
errôneas, mas nos preocupamos em selecionar as informações mais pertinentes a
uma visão se não necessariamente ortodoxa, pelo menos mais consolidada pelo
consenso e pelo tempo.
Fonte: História Viva
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