“O Grito”, de Edvard Munch, é vendido por preço recorde: 119,9 milhões de dólares

CULTURA
Uma das quatro versões de “O Grito” do pintor norueguês Edvard Munch foi vendida US$ 119,9 milhões de dólares. Esse foi o valor mais alto pago por uma obra de arte em um leilão.

O quadro foi vendido em 12 minutos. Nenhum detalhe foi revelado sobre o comprador, mas o vendedor da tela disse estar muito “feliz” com o preço alcançado pela obra. A pintura pertencia ao empresário norueguês Petter Olsen, cujo pai, Thomas Olsen, foi amigo, vizinho e mecenas de Munch. O quadro estava em poder da família há 70 anos.

Segundo o colecionador, o dinheiro obtido com a venda da tela será revertido para a construção de um museu na Noruega dedicado a Munch. “Para mim, ‘O Grito’ mostra o momento no qual o homem percebe o impacto na natureza das mudanças irreversíveis que ele provocou”, disse Olsen. No seu diário, Munch explicou sua fonte de inspiração para o quadro. “Estava passeando com amigos. O sol se pôs. De repente o céu tornou-se vermelho sangue. (…) Fiquei tremendo de medo. Senti um grito infinito que atravessou o universo”.

Ao lado da Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, “O Grito” é um dos quadros mais reproduzidos no mundo em objetos como calendários, camisetas e objetos e uso cotidiano. “Essa é uma das raras obras que transcende a arte e a história para atingir uma consciência internacional”, avaliou Simon Shaw, responsável pelo Departamento de Impressionismo e Arte Moderna da Sotheby’s. O especialista argumeta ainda que a tela tem uma dimensão “universal” e representa uma “chave para a consciência moderna”.

Até o momento, a tela “Nu, folhas verdes e busto”, de Pablo Picasso, era a obra que tinha alcançado o maior valor num leilão, de US$ 106,5 milhões de dólares. Apenas 4 versões do quadro de Munch existem no mundo. Três delas pertencem a museus. A obra que foi a leilão era o único exemplar para colecionadores privados.

Com informações do Sul21 e da RFI

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