Cuba: Raúl Castro frustra expectativa de reforma migratória

O Globo
As expectativas acabaram em frustração. O vaticínio que tomou conta das redes sociais, alimentado por informações teoricamente vindas de pessoas próximas ao governo de Cuba, de que Raúl Castro (foto, à esquerda) anunciaria uma flexibilização das restrições migratórias não se cumpriu, e os cubanos seguirão sem poder sair ou entrar livremente na ilha.

Em vez disso, o presidente cubano aproveitou seu discurso ante à Assembleia Nacional para anunciar, na noite da última sexta-feira, a libertação de 2.900 presos condenados por delitos menores — o maior indulto dos últimos anos. Trata-se de um "gesto humanitário" do regime antes da visita a Havana, marcada para março, do Papa Bento XVI.

Na verdade, poucos apostavam numa liberalização total de seu ir e vir, mas sim, talvez, num relaxamento das duras limitações na hora de viajar. No lugar disso, Raúl Castro criticou "as circunstâncias excepcionais" vividas por Cuba por conta da "política intervencionista e subversiva do governo dos EUA", que adiam as mudanças numa "temática complexa".

Raúl lembrou que as mudanças chegarão de forma "paulatina" e que em jogo está "o destino da Revolução e da Pátria".

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