Investigação da PF envolve diretor da Caixa e a família Sarney

Fabio Lenza
Reportagem de ÉPOCA desta semana traz informações sobre a, digamos, problemática atuação de Fábio Lenza na Caixa Econômica Federal. O executivo é atualmente vice-presidente de Pessoa Física do banco estatal, onde já ocupou vários cargos graças à aliança que mantém com o PMDB, em especial com a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Como conta a reportagem, Lenza levantou suspeitas porque logo depois que assumiu a vice-presidência de Negócios da Caixa, em 2003, deu início a uma veloz e próspera trajetória como empresário. A explicação para a ampliação de seu patrimônio é investigada pela Polícia Federal:

Numa investigação recente, a Polícia Federal acusou Lenza de envolvimento em um esquema de “tráfico de influência” em várias áreas do governo. De acordo com a PF, esse esquema seria liderado por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Os policiais afirmam que Lenza teria mantido, em março de 2008, uma reunião com a incorporadora Abyara na casa do senador José Sarney, em Brasília. Nessa reunião, Lenza teria sido, segundo a acusação, orientado por Fernando Sarney a ajudar a Abyara a conseguir um empréstimo da Caixa em condições vantajosas. Não se sabe se a Abyara conseguiu o que queria, mas a empresa depositara, meses antes, R$ 2,4 milhões na conta pessoal de uma filha de Fernando Sarney. Por meio de sua assessoria, o senador Sarney afirmou desconhecer a reunião em sua casa, assim como as acusações dos investigadores nesse caso. O advogado Eduardo Ferrão, que defende Fernando Sarney, disse que não se manifestaria porque a investigação da PF corre sob segredo de Justiça.

José Antonio Lima

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