DF: Tiririca é fichinha perto de Roriz


Fonte: Coluna do Ricardo Setti

A decisão do quatro vezes ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz de renunciar à sua nova candidatura em favor da mulher, a desconhecida Weslian – substituição que a lei permite, sem necessidade de nova convenção do partido interessado, no caso o PSC – é um deboche, um escárnio à democracia, uma provocação.

Roriz desistiu de concorrer em favor da mulher para escapar de ser atingido pela Lei da Ficha Limpa, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) desempate contra seus interesses o julgamento, terminado ontem, do recurso que o ex-governador impetrou contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vetara sua candidatura com base nessa nova legislação.

A votação no Supremo envolve questões constitucionais como a possibilidade ou não de a lei retroagir para prejudicar um candidato. Empatou em 5 votos a 5 porque o tribunal, cuja composição é de 11 ministros, está desfalcado desde a aposentadoria, em agosto, do ministro Eros Grau, que atingiu a idade-limite de 70 anos.

DEMAGOGO SEMPRE COM O GOVERNO – A Ficha Limpa atingiu Roriz, no entendimento do TSE, porque ele renunciou em julho de 2007 ao mandato de senador adquirido em outubro de 2006 para evitar ser cassado por corrupção. Foi sua primeira renúncia espertalhona.

Não dá mais tempo para alterar as máquinas eletrônicas de votação, e a foto que nelas vai aparecer no dia 3 de outubro será a de Roriz.

O re-renunciante é um demagogo que pula de partido em partido, apoiou todos os governos desde o do presidente José Sarney (1985-1990), de quem foi ministro da Agricultura e governador nomeado do Distrito Federal, adora uma obra faraônica, acumula processos na Justiça e do qual o DF, ao que parece, não consegue se livar.

Tiririca é fichinha perto dele.

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