Paulo Hartung: "Não sou candidato, mas posso virar"

Por Felipe Patury - Época
O economista Paulo Hartung (foto) é uma unanimidade no Espírito Santo. Prefeito de Vitória e duas vezes governador do estado, ele tem um prestígio incontestável e é considerado imbatível em qualquer cenário eleitoral. Seu partido, o PMDB, luta para convencê-lo a disputar a prefeitura de Vitória neste ano. Hartung resiste — e muito. “O viés é de baixa”, disse, em meio a muitos risos, ao jornalista Marcelo Osakabe.

Estamos fazendo uma série de entrevistas com os pré-candidatos das capitais… 
Hartung: Não sou candidato, mas posso virar (risos). No momento em que amadurecer a decisão, posso te ligar e contar. Agora, não é notícia. É um processo que eu vou ter que me dedicar. Agora, não tem o que falar, não tem o que falar, não tem decisão, não tem amadurecimento.

O presidente do PMDB capixaba, deputado Lelo Coimbra, diz que o PMDB deve ter candidato próprio. O PT, que é aliado do partido no país e no estado, já lançou Iriny Lopes como candidata. A aliança será rompida?
Hartung: Lelo deve ter te dito que tem vontade de ser candidato. Hoje, ele é pré-candidato e assume uma postura de pré-candidatura. No meu caso, agora não tem como isso acontecer.

Mas o senhor não confirma sua candidatura, mas não a está descartando. O que o levaria a disputar a eleição? 
Hartung: Olha, essa possibilidade é muito baixa. Não quero induzir a erro: a probabilidade de eu ser candidato é baixa. Como se diz no Banco Central, o viés é de baixa (risos). Seria melhor que você conversasse com quem no PMDB tem disposição de concorrer. Lelo é o nome.

Ele diz que luta para concretizar a sua candidatura. É verdade, mas isso é uma decisão que pode ser tomada só em abril, maio, junho, quando acontecerem as convenções partidárias. Mas repito: o viés não é de alta.

A imprensa só fala do senhor. O senhor está em primeiro lugar nas pesquisas…
Hartung: É normal.Fui governador por oito anos. No fim do mandato, tomei uma decisão que é muito diferente do que se faz na política brasileira. Eu estava com o governo bem avaliado. Decidi concluir meu mandato e não disputar a eleição (para senador).

O senhor tem medo de arriscar esse histórico com um novo mandato? (risos)

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