Eliana Calmon entrega lista de movimentações suspeitas ao STF

O Filtro
De 2000 a 2010, operações suspeitas feitas por juízes e servidores do Judiciário somaram R$ 855,7 milhões, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Foram levantados os dados financeiros de 216 mil pessoas ligadas ao Judiciário. De acordo com a investigação, 3.426 pessoas realizaram operações atípicas – o que não quer dizer que todas tenham sido irregulares. E o detalhamento dos dados mostra que a maior parte das movimentações está concentrada em poucos servidores. Por exemplo, somente uma pessoa, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), do Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões mais de 30% de todo o valor atípico apurado em uma década. Essa operação foi realizada em 2002 – ano que acabou, assim, sendo o que teve maior número dessas operações suspeitas, informa a Agência Brasil.

O relatório, solicitado pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) ao Coaf, foi entregue na quinta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer parte do processo no qual entidades de classe dos magistrados questionam o poder de investigação do CNJ. A corregedora Eliana Calmou afirmou que, na listagem entregue ao STF, não há nomes e números de Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos servidores. Ela voltou a negar que estivesse fazendo uma “devassa” nas movimentações financeiras dos juízes e disse que não houve quebra de sigilo

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