Haitianos reunidos na praça Hugo Poli, centro de Brasileia, à espera do café da manhã que é servido para 1.300 pessoas |
Localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru, a pequena Brasileia está tomada por haitianos. Eles estão nas ruas, nas lojas, atrás de artigos de higiene pessoal, sentados nas praças a conversar sorridentes ou, em massa, na Praça Hugo Poli, uma das principais da cidade, que, aos poucos, foi sendo ocupada pelos inesperados moradores temporários.
Como revelou O GLOBO, eles são a ponta de uma cadeia de tráfico de pessoas que começa no Haiti, passa pelo Equador e chega ao Brasil. Os mesmos coiotes que ajudam a levar brasileiros e mexicanos para os Estados Unidos agora trabalham na rota em que o Brasil não é mais origem, mas chegada.
Os primeiros haitianos chegaram em dezembro de 2010, após o terremoto que destruiu o Haiti. Agora, estão se tornando incontáveis. Nem o representante da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos do Acre, Damião Borges Melo, responsável por providenciar comida, local para dormir, atendimento de saúde ou qualquer outro pedido possível dos imigrantes, sabe dizer ao certo quantos são.
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