A moderna antropologia de uma discreta feminista

Antonio Gonçalves Filho - O Estado de S. Paulo
Para definir a modernidade da antropóloga e professora paulista Ruth Cardoso (1930-2008), (foto) casada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por 55 anos, sua aluna Teresa Pires do Rio Caldeira, hoje lecionando na Universidade de Berkeley, EUA, recorre a uma frase do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984): ela, como todos os modernos, sentia compulsão por se inventar. Talvez por isso, poucos tenham conseguido acompanhar o ritmo camaleônico de alguém que, segundo a organizadora do livro Ruth Cardoso - Obra Reunida, agora lançado pela Editora Mameluco, "criou um espaço de reflexão e interrogação do presente para forçar limites, procurar alternativas". Ruth conservou-se assim: foi uma feminista de primeira hora, incentivadora de outros movimentos sociais emergentes nos anos 1970, nascidos entre descendentes de escravos, favelados e homossexuais, sem medo de provocar os conservadores, mesmo quando assumiu - contra sua vontade - a condição de primeira-dama do Brasil. Leia Mais: A moderna antropologia de uma discreta feminista

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